Primeiras ações acontecerão nos dias 14, 21 e 28 de novembro, no Cras do bairro Água LimpaArquivo/Secom PMVR
Volta Redonda - A Prefeitura de Volta Redonda, por meio da Secretaria Municipal de Ação Comunitária (Smac), vai realizar durante este mês ações em alusão ao Dia Nacional da Consciência Negra, celebrado em 20 de novembro. A data é marcada pela morte de Zumbi dos Palmares, considerado símbolo da resistência contra a escravidão.
As primeiras ações acontecerão nos dias 14, 21 e 28 de novembro, no Centro de Referência de Assistência Social (Cras) do bairro Água Limpa, onde serão realizadas oficinas com as famílias. Durante os encontros, serão abordados os temas: “Empoderamento da mulher preta” e “Descobrindo sua Identidade”.
No dia 29, as atividades acontecem no bairro Ponte Alta, com o evento “Ação África Brasil”, no qual os participantes poderão contar com serviços de aferição de pressão; corte de cabelo; trancista; manicure e design de sobrancelhas. Haverá ainda apresentação de música, capoeira, maculelê e jongo.
Região do Roma terá atividades e serviços no dia 24
Já na região do Roma, as ações que serão realizadas na sexta-feira (24), na quadra da Escola Municipal Nilton Penna Botelho Filho – localizada no Roma II, fazem parte do projeto “Consciência, cor e respeito”, do Cras do bairro.
Já na região do Roma, as ações que serão realizadas na sexta-feira (24), na quadra da Escola Municipal Nilton Penna Botelho Filho – localizada no Roma II, fazem parte do projeto “Consciência, cor e respeito”, do Cras do bairro.
Das 9h às 16h, os moradores contarão com atividades culturais e serviços oferecidos gratuitamente como: aferição de pressão e teste de glicemia; aula de zumba; doações de mudas de plantas; apresentações culturais ligadas ao tema; apresentação das escolas e creche do bairro; roda de conversa sobre igualdade racial, além de diversas oficinas que serão realizadas pela Pastoral Afro. Tudo com muita segurança para garantir o lazer das famílias.
A secretária municipal de Ação Comunitária, Carla Duarte, explica que, diante da importância da data, o Centro de Convivência do Cras do bairro Roma II, juntamente com escolas, creche, Unidade Básica de Saúde (UBS) dos bairros Roma I e II, e as associações de moradores, se uniram para a realização do evento.
“É uma data para refletir sobre a posição dos negros na sociedade e a constante luta contra a discriminação racial e desigualdades sociais. Precisamos semear em toda a sociedade a luta contra o racismo. É preciso dizer e exercer todas as formas de discriminação racial. Este evento é para isso, conscientizar as pessoas sobre o racismo” ressaltou a secretária.
Haverá ainda apresentação de crianças e idosos do Serviço de Convivência e Fortalecimento de Vínculos (SCFV); instrutores de violão; capoeirista; Caminhão da Brinquedolândia; Caminhão do Cabelo, trancista, manicure; programa “Criança Feliz”, com contação de histórias; “Advogado Social”, com orientações à comunidade; diversos brinquedos para a criançada, além de distribuição de pipoca, algodão doce, água. A previsão dos organizadores é que cerca de 300 pessoas participem do evento.
A ação conta com a parceria das secretarias municipais de Saúde (SMS), Educação (SME), Cultura (SMC), Esporte de Lazer (Smel), Políticas para Mulheres e Direitos Humanos (SMDH), Meio Ambiente (SMMA) e Ordem Pública (Semop).
“Consciência, cor e respeito”
O projeto foi criado a partir da percepção da equipe do Cras do bairro Roma, de práticas racistas e discriminatórias, negação da identidade e o desconhecimento das origens negras, cometidas na comunidade. O Cras mobilizou toda a rede do bairro para reflexão sobre essas práticas. Logo, constataram práticas que reproduziam o racismo em suas próprias relações interpessoais, como apelidar colegas de forma pejorativa, ou por meio da contação de piadas com elementos preconceituosos ou exclusão de pessoas.
Para entender como esses hábitos impactavam na vida dos moradores, eles receberam vários relatos de funcionários que compõem a rede, e de moradores dos bairros que frequentam o Cras e as unidades básicas de Saúde.
“O principal legado desse projeto é o fortalecimento e empoderamento dos moradores excluídos, a fim de que possam se orgulhar de sua cor e identidade, além de se tornarem multiplicadores da história e da cultura negra”, disse Carla Duarte.
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