O desfile aconteceu na Vila Santa Cecília, em Volta RedondaFoto: Cris Oliveira - Secom/PMVR

Volta Redonda - Todo carnaval tem seu fim, e em Volta Redonda ele acabou oficialmente na noite dessa sexta-feira (14), quando os passistas da escola de samba Beija-Flor de Nilópolis – campeã da Série Especial em 2025 – e o Bloco da Vida desfilaram na Rua 14, no bairro Vila Santa Cecília. Um bom público marcou presença para esticar um pouco mais a celebração da Folia de Momo.
Quem iniciou a festa foi o Bloco da Vida. Maior e mais antigo bloco dedicado à Melhor Idade da região, o grupo reuniu centenas de foliões que voltaram à Rua 14, onde haviam desfilado no último dia 1º, com o enredo “Se é sorte ou azar, só o tempo dirá”, abordando as crenças populares que acompanham a humanidade desde a antiguidade.
Mais uma vez, o público pôde conferir as fantasias que representaram alguns dos mais tradicionais símbolos supersticiosos, como as Ferraduras de Sete Furos, o Trevo de Quatro Folhas, os Amuletos da Sorte, Figas, a mística do número 13, o Olho Grego e representações de benzedeiras e do povo cigano. O desfile contou ainda com o retorno dos quatro carros alegóricos e da bateria do mestre Wellington.
Moradora do bairro São Luiz, Nilda Baraldi, 69 anos, marca presença no Bloco da Vida desde sua criação, quando acompanhava o pai, Nilo de Oliveira, já falecido.
“Eu dei continuidade, pois ele gostava muito de Carnaval, dos bailes. E eu gosto muito também, até abro mão de viajar para poder curtir com os amigos que fazemos aqui”, disse ela, que estava na ala dos Amores e torcia para não chover, pois queria ficar para acompanhar a Beija-Flor.
O coordenador do Banco da Cidadania e responsável pelo Bloco da Vida, Ricardo Ballarini, destacou o ânimo dos integrantes do bloco.
“Este é um momento muito especial para eles, que aguardam pelo desfile o ano inteiro, e ainda mais com a oportunidade de se apresentarem como atração que antecede a campeã do Carnaval carioca.”
Desfilam no Bloco da Vida moradores de Volta Redonda com mais de 55 anos, que participam dos projetos dedicados a esse público – desenvolvidos pelas secretarias municipais de Esporte e Lazer (Smel), de Assistência Social (Smas) e pela Fevre (Fundação Educacional de Volta Redonda), por meio da Academia da Vida Oscar Cardoso, que foca em iniciativas educacionais para essa faixa etária. O bloco foi criado em 1998, durante o primeiro mandato do prefeito Antonio Francisco Neto.
Quinze vezes campeã
Em seguida, foi a vez da Beija-Flor de Nilópolis levantar o público. Escola de samba campeã do Grupo Especial do Carnaval do Rio de Janeiro neste ano, com o enredo “Laíla de todos os santos, Laíla de todos os sambas” – que homenageou o carnavalesco Laíla, morto em 2021 –, a agremiação, que já foi 15 vezes campeã, trouxe para Volta Redonda cerca de 100 integrantes, incluindo a comissão de frente, que recebeu nota dez de todos os jurados.
Mariza Cristina da Silva, moradora do Eucaliptal, é torcedora da Beija-Flor e fez questão de acompanhar a passagem da escola de samba de Nilópolis.
“Nunca fui ao Sambódromo, mas toda vez que a Beija-Flor se apresenta em algum evento na cidade, eu vou. Estou ansiosa para a assistir, pois a escola, neste ano, estava linda, conquistou seu 15º título, que foi merecido.”
O prefeito Neto acompanhou mais uma vez o desfile, lembrando que o governo municipal traz, todos os anos, a escola campeã para se apresentar junto com o Bloco da Vida.
“Tivemos mais um desfile emocionante. Ficamos muito felizes em ver nossa Melhor Idade, mais uma vez, na avenida, e com a Beija-Flor, a campeã deste ano, para abrilhantar ainda mais o encerramento do Carnaval em nossa cidade.”