Fortaleza - As vítimas da chacina ocorrida no bairro Cajazeiras, em Fortaleza, foram enterradas neste domingo. Após a identificação, os corpos foram liberados para as famílias. Alguns mortos não estavam participando do evento no momento do crime, o maior já ocorrido no Ceará, como é o caso da comerciante Mariza Mara Nascimento da Silva, de 37 anos, que foi atingida quando passava em frente ao local da festa. Outra vítima foi o vendedor Antônio José Dias de Oliveira, de 55 anos, que trabalhava vendendo cachorros-quentes no momento da chacina.
Ao todo, oito mulheres e seis homens foram assassinados pelo grupo que invadiu a danceteria “Forró do Gago”, por volta de 1h30 (horário de Brasília) do sábado. Entre as vítimas estão duas adolescentes, uma de 15 anos e a outra de 17.
Maíra Santos da Silva (15)
Maria Tatiana da Costa Ferreira (17)
Brenda Oliveira de Menezes (19)
José Jefferson de Souza Ferreira (21)
Raquel Martins Neves (22)
Luana Ramos Silva (22)
Wesley Brendo Santos Nascimento (24)
Natanael Abreu da Silva (25)
Antônio Gilson Ribeiro Xavier (31)
Renata Nunes de Sousa (32)
Mariza Mara Nascimento da Silva (37)
Edneusa Pereira de Albuquerque (38)
Raimundo da Cunha Dias (48)
Antônio José Dias de Oliveira (55)
Outras 18 pessoas ficaram feridas e foram atendidas ainda no local do crime, ou encaminhadas para os hospitais públicos da cidade. Na tarde deste domingo, cinco pessoas continuavam internadas e algumas precisaram de cirurgias.
- Grupo invade festa e mata 14 pessoas
- Polícia prende suspeito de participação na chacina em Fortaleza
- Assassinatos em Fortaleza aumentaram 96% no ano passado
- 'Vinham prometendo uma chacina desde novembro', diz filho de vítima de Fortaleza
- Após chacina, OAB do Ceará pode pedir intervenção federal no estado
- Polícia do Ceará identifica cinco suspeitos de participar de chacina
Segundo informações divulgadas pela TV Verdes Mares, afiliada da Rede Globo, o secretário de Segurança Pública do Ceará, André Costa, disse que as investigações ainda estão em andamento e negou as especulações de que as mortes tenham relação com disputas entre facções. Segundo ele, a chacina foi “um caso pontual” e o “estado não perdeu o controle [do combate ao crime]”.
Neste domingo, cinco suspeitos de participarem da chacina foram identificados. Três deles seriam mandantes do crime e os outros dois teriam participado diretamente do massacre. No sábado um suspeito já havia sido preso.