PMs salvam golfinho encalhado no Provetá Ilha GrandeDivulgação/Jorge Rafael Matos
Ilha Grande – O Golfinho adulto é da espécie orca-pigmeia, com 2,25 m de comprimento. Ele encalhou no último sábado (4). O serviço de resgate foi iniciado pelo sargento da Polícia Militar Jorge Rafael Matos Baptista e pelo cabo Vale, ambos do Destacamento de Polícia Ostensiva (DPO) da localidade, que contam como foi feita a ação que chamou a atenção da população e de milhares de internautas.
"Muitas crianças estavam na água, próximo ao animal marinho de grande porte. Então, eu percebi que esse animal poderia trazer algum risco para as crianças e, de imediato, tirei minha farda e entrei na água pra retirar esse animal de próximo dessas crianças com segurança", explicou o PM.
O agente acionou biólogos e veterinários para ter orientações sobre o que fazer com animal. O golfinho foi retirado da água domingo,5, e levado para areia, coberto com mantas úmidas. Uma embarcação foi disponibilizada pela Secretaria de Ordem Pública chegou ao local, para encaminhar o animal ao centro de Reabilitação de Animais Marinhos de Angra dos Reis.
Segundo biólogos a passagem da espécie pela região é considerada comum, mas o encalhe em praias, não. O mais provável é que ele esteja com algum problema de saúde. O golfinho está sendo submetido a exames e será devolvido ao mar assim que estiver em boas condições.
Carinhosamente batizada pelos veterinários e tratadores de Tereza, o animal é uma fêmea adulta, 116kg. Para determinar o diagnóstico final, passou por exames complementares de sangue, raio x e diversas pesquisas para doenças virais, bacterianas e fúngica. Ele ainda continua no centro de tratamento recebendo cuidados.
Os encalhes de cetáceos como baleias, golfinhos e botos, são acompanhados com atenção pelo Projeto. A veterinária coordenadora no PMP-BS Área RJ e responsável pelo resgate, Anneliese Kyllar, explica que é comum encalhes de golfinhos na região da Costa Verde, porém não de espécies de hábito oceânico como esta, sendo esse o primeiro registro da espécie pelo PMP-BS no Rio de Janeiro. De acordo com os dados do PMP, em 2022, ocorreram 67 registros de encalhes de mamíferos marinhos na Costa Verde. A espécie mais registrada neste período foi o boto-cinza (Sotalia guianensis), com 60 registros. Os encalhes que indicam interações com ação humana são causados por pesca, agressão, interação com resíduos sólidos e colisões com embarcações.
O Projeto de Monitoramento de Praias (PMP), executado pela Petrobras para condicionante de licenciamento ambiental, é o maior do mundo e monitora mais de três mil quilômetros de praias. A Petrobras trabalha em parceria com diversas organizações científicas e com as comunidades locais para a realização deste projeto. Na Costa Verde, atua em parceria com a Econservation.
Sobre o PMP
Os encalhes de cetáceos como baleias, golfinhos e botos, são acompanhados com atenção pelo Projeto. A veterinária coordenadora no PMP-BS Área RJ e responsável pelo resgate, Anneliese Kyllar, explica que é comum encalhes de golfinhos na região da Costa Verde, porém não de espécies de hábito oceânico como esta, sendo esse o primeiro registro da espécie pelo PMP-BS no Rio de Janeiro. De acordo com os dados do PMP, em 2022, ocorreram 67 registros de encalhes de mamíferos marinhos na Costa Verde. A espécie mais registrada neste período foi o boto-cinza (Sotalia guianensis), com 60 registros. Os encalhes que indicam interações com ação humana são causados por pesca, agressão, interação com resíduos sólidos e colisões com embarcações.
O Projeto de Monitoramento de Praias (PMP), executado pela Petrobras para condicionante de licenciamento ambiental, é o maior do mundo e monitora mais de três mil quilômetros de praias. A Petrobras trabalha em parceria com diversas organizações científicas e com as comunidades locais para a realização deste projeto. Na Costa Verde, atua em parceria com a Econservation.
Sobre o PMP
Atualmente são quatro PMPs, que, juntos, constituem o maior programa de monitoramento de praias do mundo. São 10 estados litorâneos, acompanhando mais de três mil quilômetros de praias em regiões onde a companhia atua.
Todos os animais marinhos encontrados debilitados são avaliados e, quando necessário, encaminhados para o atendimento veterinário. Após a estabilização clínica, eles são reintroduzidos na natureza. Entretanto, antes da soltura, todos recebem uma marcação para possibilitar sua identificação caso retornem ao litoral brasileiro.
Todos os animais marinhos encontrados debilitados são avaliados e, quando necessário, encaminhados para o atendimento veterinário. Após a estabilização clínica, eles são reintroduzidos na natureza. Entretanto, antes da soltura, todos recebem uma marcação para possibilitar sua identificação caso retornem ao litoral brasileiro.
As empresas contratadas pela Petrobras para a execução do projeto trabalham conjuntamente. Muitas vezes um animal é resgatado em uma região e transferido para soltura ou tratamento em outro estado, levando em conta características ideais para as solturas, de acordo com cada espécie.
O monitoramento é fiscalizado pelo Ibama e compreende o registro, resgate, necropsia (no caso dos animais mortos), reabilitação e soltura de mamíferos, tartarugas e aves marinhas, contribuindo com as políticas públicas para a conservação da biodiversidade marinha. A população também pode participar, acionando as equipes de monitoramento ao avistar um animal marinho vivo ou morto. Na Costa verde o telefone é PMP-BS Área RJ (Paraty a Saquarema) – 0800 9995151
Além da PM, o resgate do golfinho Tereza mobilizou moradores e diversos órgãos, como o Instituto Estadual do Meio Ambiente (INEA), Projeto de Monitoramento de Praias e Projeto Boto-Cinza e a prefeitura.
Além da PM, o resgate do golfinho Tereza mobilizou moradores e diversos órgãos, como o Instituto Estadual do Meio Ambiente (INEA), Projeto de Monitoramento de Praias e Projeto Boto-Cinza e a prefeitura.
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