Angra 1 e 2 operaram na madrugada quando foi registrado apagão em várias regiões do Brasil Divulgação/Eletronuclear
Angra dos Reis - Segundo nota da Eletronuclear que administra as usinas nucleares de Angra dos Reis, o apagão que atingiu 16 estados do país, na madrugada desta terça-feira, (14), "não afetou o funcionamento das unidades, 1 e 2, que ajudaram no reestabelecimento da energia, principalmente da região Sudeste".
Angra 2 teve uma pequena redução de geração, de 1361 MWe para 1310 MWe, enquanto Angra 1 se manteve estável operando com 100% de sua capacidade (gerando 652 MWe). A variação de potência sentida pelas usinas nucleares foi a menor dentre as outras formas de geração de energia, de acordo com os dados do ONS. Enquanto Angra 2 sentiu 50 MWe a menos, as térmicas convencionais tiveram uma redução na ordem de 5 GWe a menos.
O engenheiro eletricista da Eletronuclear, Eduardo da Silva Filho, explicou que as usinas continuaram funcionando bem.
-Elas estão preparadas para suportar esse tipo de falha durante certo tempo. Com isso não pararam e ainda contribuíram para a manutenção do sistema”, explicou, referindo-se ao Sistema Interligado Nacional (SIN).
Segundo o Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS), um incêndio em um reator de uma subestação no Paraná desligou a subestação da área e provocou a interrupção de 10 mil MW de carga, atingindo os subsistemas Sul, Sudeste/Centro-Oeste, Nordeste e Norte. Assim que identificou a situação, em poucos minutos o ONS iniciou o restabelecimento da energia, concluindo o procedimento na região Sul, 2h30 horas após a ocorrência.
-Se as usinas fossem desligadas o sistema perderia 2 mil MWe. Como seguiram operando e são próximas a grandes centros consumidores, tenho certeza que elas contribuíram bastante para o restabelecimento mais rápido, principalmente da região Sudeste- acrescentou Eduardo.

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