Juíza e desembargador palestram em Belford Roxo sobre o combate ao Trabalho Infantil
O desembargador do TRT/RJ e Gestor Local do Programa de Combate ao Trabalho Infantil e Estímulo à Aprendizagem, José Luiz Campos Xavier, e a juíza Joana Guerreiro palestraram sobre o assunto
Observado pela juíza Joana Guerreiro, o desembargador José Luiz Campos Xavier fala sobre trabalho infantil - Jeovani Campos/PMBR
Observado pela juíza Joana Guerreiro, o desembargador José Luiz Campos Xavier fala sobre trabalho infantilJeovani Campos/PMBR
Belford Roxo - Assistentes Sociais, psicólogos e educadores de Belford Roxo, participaram de uma palestra sobre o Combate ao Trabalho Infantil: Mitos e Verdades, promovida pela Secretaria Municipal de Assistência Social, Cidadania, da Mulher e do Combate à Fome (Semascmcf), através da Gestão de Proteção Social Especial. O evento lotou o auditório do Teatro da Cidade, no Bairro Piam. O desembargador do Trabalho do TRT/RJ e Gestor Local do Programa de Combate ao Trabalho Infantil e Estímulo à Aprendizagem, José Luiz Campos Xavier, e a juíza Joana Guerreiro palestraram sobre o assunto.
Durante a palestra, a juíza defendeu a prevenção como principal forma de combater a prática de explorar crianças, menores de 14 anos, em empregos. "O trabalho infantil impede que a criança se desenvolva. Muitas deixam de estudar e outras não têm bom rendimento escolar", disse a juíza.
Dois milhões de crianças exploradas no Brasil
A magistrada destacou dados da Organização Internacional de Trabalho (OIT). De acordo com o órgão, 152 milhões de crianças são exploradas em todo o mundo. "A situação no Brasil não é nada boa. Desse número, apontado pela OIT, dois milhões de crianças exploradas no trabalho infantil, estão no nosso país", lamentou a juíza.
Atuando desde 2017 como Gestor do Programa de Combate ao Trabalho Infantil e Estímulo à Aprendizagem, o desembargador José Luiz Campos Xavier informou que em alguns casos o trabalho infantil é permitido e citou a dramaturgia e o esporte. "É comum crianças atuando em novelas e menores jogando futebol. Nesses casos, a lei permite, pois não há exploração e a fiscalização é rigorosa", afirmou. "Trabalho infantil ainda é predominante onde há desigualdade social e miséria ", salientou Xavier.
No final do encontro, a secretária de Assistência Social, Cidadania da Mulher e do Combate à Fome, Tati Ervite, destacou a importância do evento. "A competência dos palestrantes é extremamente valiosa. Foi uma honra e enriquecedor o evento", assegurou. A Assistente Social e Gestora do Sistema Único de Assistência Social (SUAS), Daniela Farias, saiu satisfeita. "Encontro como este é de suma importância para todos que trabalham, diretamente, com crianças e adolescentes. A erradicação do trabalho infantil deve ser um compromisso de toda sociedade", resumiu.
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