Segundo a palestrante, psicóloga Marcele Lourenço, a cada 45 minutos, uma pessoa morre por suicídio no BrasilJeovani Campos / PMBR
A Campanha Setembro Amarelo surgiu em 1994, a partir de uma trágica história que envolveu um jovem americano, de 17 anos, chamado Mike Emme. O rapaz demonstrou felicidade ao ganhar o carro que desejava: um Mustang amarelo. Foi no mesmo automóvel que ele praticou o suicídio, deixando um bilhete para os pais: “Desculpem mamãe e papai. Eu amo vocês. Com amor, Mike”.
Não há fator único
Marcele disse ao público presente que não há um fator único para o suicídio. Problemas como; saúde, social, financeiro, sentimental e religioso, podem contribuir para o ato. A depressão, por exemplo não tem cara. É invisível. Há dores que nenhuma morfina cura. É preciso estar atento ao comportamento de familiares, colegas de trabalho. O tratamento é fundamental e pode salvar”, assegura a psicóloga.
A artesã Dalva Lima Monteiro, 85 anos, estava na sede da Semascf e aproveitou para assistir a palestra. “Ganhei o dia. Com toda a minha idade, desconhecia muita coisa sobre o assunto. Para mim foi muito proveitoso. Eu tenho uma neta que é autista. Vou redobrar os cuidados e ficar mais atenta em todos”, afirmou a artesã. “Pelo menos, 17% dos brasileiros, em algum momento, já pensaram em dar fim a própria vida. Desse percentual, 4,8% chegaram a elaborar um plano de suicídio”, disse Marcela.
‘Mar de rosas’
A secretária de Assistência Social, Cidadania e Combate à Fome, Tati Ervite, que diariamente publica vídeos de mensagens motivacionais em suas redes sociais, disse que não existe vida "mar de rosas" e que todos têm problemas. "Já enfrentei vários problemas com a saúde da minha filha e do meu filho também e tive mais de um infarto. Sou muito grata a Deus. Amo minha vida. Mas o apoio, a compreensão e um tempo para ouvir o próximo podem ser fundamentais e salvar vidas", garante.
A Coordenadora do Centro Especializado de Atendimento à Mulher, Gabriela Lima, destacou que o Ceambel está atento às campanhas. "Acolhemos e orientamos mulheres vítimas de vários tipos de violência. Elas precisam estar atentas e bem informadas. A palestra de hoje, com a nossa psicóloga, foi muito boa”, concluiu.
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