Por clarissa.sardenberg

Brasília - O presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), entregará nesta segunda-feira, 18, às 15 horas ao presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), a decisão tomada no domingo pelos deputados de admitir o pedido de impeachment da presidente Dilma Rousseff (PT). O encontro, que ocorrerá no gabinete do presidente do Senado, foi confirmado pela assessoria de Renan.

A reunião de Cunha com Renan deverá contar com a participação de líderes partidários do Senado. O senador do PMDB, que também é presidente do Congresso, terá em seguida encontros com Dilma e com o presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), Ricardo Lewandowski. O peemedebista se reunirá com a presidente às 16h30 no Palácio do Planalto e com Lewandowski às 18 horas no STF.

Dilma deve fazer pronunciamento nesta segunda-feira

Supremo nega pedido para unir impeachment de Temer ao de Dilma

Cunha enfrentou protestou durante votação deste domingo e pediu retirada de faixa que deputados colocaram atrás da Mesa DiretoraAgência Brasil

Renan terá de discutir o rito do impeachment com senadores e também deverá tirar eventuais dúvidas com o presidente do Supremo. Caberá ao Senado decidir em breve se afasta Dilma por maioria simples por até 180 dias, momento a partir do qual o vice-presidente da República, Michel Temer (PMDB), assume o governo interinamente.

Pronunciamento de Dilma 

Após a aprovação da admissibilidade do processo de impeachment na Câmara dos Deputados, a agenda da presidente Dilma Rousseff, divulgada pela Secretaria de Comunicação Social, prevê apenas despachos internos. No entanto, é provável que ela faça um pronunciamento na tarde desta segunda-feira, no Palácio do Planalto, a respeito do resultado da votação deste domingo, que envia a análise da denúncia para o Senado. A ideia inicial seria fazer um pequeno evento no qual Dilma estaria com ministros, bem como parlamentares mais próximos.

STF nega impeachment de Temer 

O ministro Marco Aurélio Mello, do Supremo Tribunal Federal (STF), negou mandado de segurança proposto pelo deputado Reginaldo Lopes (PT-MG) que tentava juntar o pedido de impeachment do vice-presidente da República, Michel Temer, ao processo de impedimento da presidente Dilma Rousseff. Marco Aurélio negou todos os pedidos feitos pelo parlamentar, inclusive o que poderia suspender a votação desse domingo na Câmara.

Para o ministro, deve ser preservada a "autonomia" dos dois casos. O ministro considerou ainda que o processo em trâmite contra a presidente Dilma já está em estágio diferente da situação de Temer.

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