São Paulo - Dez integrantes da Guarda Civil Municipal de Ibiúna, interior de São Paulo, foram presos nesta quinta-feira, acusados de receber propina para dar cobertura a traficantes de drogas ligados ao Primeiro Comando da Capital (PCC). Os agentes públicos foram procurados em casa e nos postos de trabalho por policiais civis e promotores do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco) de Sorocaba. Outros dois suspeitos que tiveram as prisões preventivas decretadas estão foragidos.
- Lava Jato: Em depoimento como testemunha, FHC diz que não conhecia Cerveró
- Rodrigo Maia nega acusação de propina: 'Um absurdo'
- Em nova decisão, Justiça manda suspender nomeação de Moreira como ministro
- Fotógrafo publica troca de mensagens de Jair Bolsonaro com o filho, Eduardo
- Carro projeta mensagem de otimismo ao som de 'Imagine', em Vitória
De acordo com o Gaeco, os guardas chegavam a forjar denúncias e prender suspeitos de interferir nos pontos de tráfico da facção criminosa. Também há indícios de que alguns deles participaram de execuções de rivais ordenadas pelo PCC. Em operação anterior, em outubro do ano passado, cinco guardas municipais de Ibiúna já tinham sido presos quando o esquema começou a ser investigado. Na ocasião, entre os detidos estava o então subcomandante da GM, que acabou demitido.
A denúncia do Ministério Público de São Paulo (MP-SP) oferecida contra os doze agentes públicos na segunda-feira,6, aponta que eles agiam "em conluio com membros do PCC, protegendo os pontos de tráfico espalhados pela cidade, em troca do pagamento de propina". Ainda segundo o Gaeco, os guardas são suspeitos de passar informações privilegiadas aos traficantes, evitando que fossem presos ou tivessem as drogas apreendidas. Na região, o tráfico de entorpecentes é a maior fonte de renda da facção. A prefeitura informou que está colaborando com as investigações do Gaeco e que toma as medidas administrativas em relação aos servidores presos.