Temer discursa em Xique-xique, na Bahia. MDB está preparando projeto 'Ponte para o futuro 2' - Beto Barata/Agência brasil
Temer discursa em Xique-xique, na Bahia. MDB está preparando projeto 'Ponte para o futuro 2'Beto Barata/Agência brasil
Por O Dia

Depois de muitas reuniões com sua equipe de marketing nos últimos dias e da "jogada de mestre", como ele classificou a intervenção no Rio de Janeiro, o presidente Michel Temer se disse ontem decidido a concorrer a um novo mandato.

Em entrevista à revista Istoé que chega às bancas hoje "seria uma covardia não ser candidato" e que pretende defender, ele mesmo, o legado de seu governo e a continuidade das políticas atuais. O emedebista lembrou que todos os demais presidentes tentaram a reeleição. Não repetir esse gesto, segundo ele, poderia passar a imagem de que estava se escondendo e que os demais candidatos se sentiriam livres para "bater" em sua gestão.

"Acho que seria uma covardia não ser candidato. Porque, afinal, se eu tivesse feito um governo destrutivo para o país eu mesmo refletiria que não dá para continuar. Mas, pelo contrário, eu recuperei um país que estava quebrado. Literalmente quebrado. Eu me orgulho do que fiz. E eu preciso mostrar o que está sendo feito", disse Temer, em entrevista realizada na quarta-feira.

Temer, que disse ter tomado a decisão "de um mês e meio para cá", avaliou que o ideal seria ter apenas uma candidatura de centro, mas que o cenário que se desenha são de vários nomes. Ele ainda afirmou que o MDB já prepara uma espécie de "Ponte para o Futuro 2", documento que norteou sua política econômica.

Apesar dos índices baixos de popularidade, o presidente já vinha avisando a aliados que disputaria a eleição. Temer avalia que o quadro político mudou com as candidaturas de Alckmin (PSDB) e Rodrigo Maia (DEM) e aposta na recuperação da economia e na intervenção no Rio para se cacifar. O presidente aposta e chega a incentivar mais candidaturas de centro. A ideia é que, com o voto pulverizado, ele possa conseguir vaga no segundo turno.

 

Caravana de Lula enfrenta problemas
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A caravana do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) foi alvo de protestos ontem, em Passo Fundo (RS). Uma rodovia chegou a ser bloqueada com pneus em chamas, impedindo a entrada dos petistas na cidade. Foi o auge de uma semana em que os ônibus com os aliados de Lula enfrentaram protestos ao longo de todo o percurso.
Os manifestantes de ontem eram, em sua maioria, ruralistas e integrantes do Movimento Brasil Livre (MBL). Muitos carregavam ovos para lançar contra os ônibus da caravana.
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A caravana insistiu em entrar na cidade, mas acabou cancelando os eventos programados. O PT repudiou as agressões sofridas pelos militantes e e exigiu a apuração imediata e "punição exemplar dos agressores".
 
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Mais dois entram na corrida presidencial
Mais dois candidatos de centro oficializaram suas candidaturas a presidente ontem. O empresário Flavio Rocha, dono da Riachuelo, vai deixar a diretoria da empresa para concorrer à Presidência da República nas eleições deste ano, informou a empresa em nota ontem. Rocha se reunirá com PRB na quarta-feira em Brasília. O empresário vai se encontrar com deputados federais da sigla para pedir apoio para ser candidato pelo partido.
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O senador Álvaro Dias (Pode-PR) lançou oficialmente a sua pré-candidatura à presidência em Belo Horizonte (MG). Durante evento do partido, ele voltou a defender a "refundação da República". "Precisamos zerar e começar tudo de novo. Acabar com o sistema corrupto do balcão de negócios que foi o responsável pela crise que estamos vivendo no país", disse.
 
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