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Brasília - A ministra Cármen Lúcia, presidente do Supremo, publicou ontem o salvo-conduto que garante que o ex-presidente Lula não seja preso até que a Corte julgue o habeas corpus impetrado por sua defesa. "A ministra Cármen Lúcia (...) concede salvo-conduto em favor de Luiz Inácio Lula da Silva, brasileiro, viúvo, até o julgamento do habeas corpus em epígrafe".

Isso significa que só quando a Corte se manifestar em definitivo o petista poderá ser preso. Essa decisão pode ser adiada até mesmo para o próximo ano caso algum ministro peça vistas do processo.

Já o ministro Marco Aurélio Mello reclamou ontem que "está sendo crucificado" por conta do adiamento do julgamento. "Nunca vi coisa igual. Nos dois endereços na internet, cerca de mil mensagens por dia", queixou-se.

O ministro contou em evento no Rio que tinha um voo para a cidade às 19h40 e já havia feito check-in quando foi colocado em votação o pedido de adiamento da sessão, que foi aprovado por sete votos a quatro.

Com a decisão, o julgamento foi adiado para 4 de abril, o que levou a defesa do ex-presidente a pedir uma liminar que impedisse a prisão de Lula, o que foi acolhido pelos ministros.

Na segunda-feira, Lula terá seu recurso contra a condenação a 12 anos e 1 mês de prisão julgado na segunda-feira pelo TRF-4.

 

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