A polícia Militar reforça a segurança do perímetro da superintendência da Polícia Federal na capital paranaense, após a prisão do ex-presidente Lula - Agência Brasil
A polícia Militar reforça a segurança do perímetro da superintendência da Polícia Federal na capital paranaense, após a prisão do ex-presidente LulaAgência Brasil
Por O Dia

Paraná - A segurança foi reforçada nas proximidades da Superintendência da Polícia Federal (PF) em Curitiba, onde cumpre pena de prisão desde a noite deste sábado o ex-presidente da República Luiz Inácio Lula da Silva. O cordão de isolamento feito pela Polícia Militar do Paraná recebeu mais agentes da PM. Cerca de dez viaturas da corporação paranaense são vistas dentro do estacionamento da PF nesta manhã, como mostraram imagens da GloboNews e BandNews há pouco.

Nesta madrugada, a PM isolou um perímetro de, aproximadamente, cem metros (um quarteirão) para impedir a presença de manifestantes contra e a favor da prisão do ex-presidente Lula na frente dos portões da superintendência. Por volta das 7h45, uma van entrou na superintendência levando o café da manhã.

A necessidade de reforçar a segurança e isolar a área em frente à Superintendência da PF aconteceu porque, na noite de sábado, manifestantes contrários e favoráveis a Lula entraram em conflito, o que levou a polícia a reagir usando bombas de efeito moral.

No fim da noite de sábado, quando chegou à sede da PF em Curitiba, a presidente nacional do PT, Gleisi Hoffmann, afirmou que apoiadores farão uma vigília cívica no local até que o ex-presidente seja liberado.

Presença de Lula na Superintendência da PF em Curitiba altera rotina da região

A presença do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva na Superintendência da Polícia Federal em Curitiba alterou a rotina da região. Manifestantes favoráveis ao ex-presidente acampam no local e informam que vão continuar no espaço enquanto Lula estiver preso. Cerca de 1,5 mil pessoas devem se reunir no espaço. Devido à ordem judicial, o acampamento está a uma distância de 500 metros da Superintendência, atrás do bloqueio da Polícia Militar. Com as ruas fechadas, a rotina dos moradores da região foi afetada.

Um morador que não quis se identificar informou que agora tem que deixar no carro um comprovante de residência para passar pelo bloqueio. “Estou andando com uma conta de luz no carro. Tive que sair ontem para cuidar da minha mãe que é idosa e tive dificuldades para voltar”, disse. O morador ainda criticou o planejamento das forças de segurança. “No dia em que o Lula veio prestar depoimento, eles isolaram a área, fizeram bloqueio, cadastraram os moradores e deu tudo certo. Agora que era a prisão do ex-presidente, um evento muito mais complicado, a PM não fez nada disso. Não entendemos o porquê. Acho que deveria ter tido um cuidado similar”, completou.

Neste sábado, o comandante do 20° Batalhão da Polícia Militar, tenente-coronel Mário Henrique do Carmo avaliou como positiva a ação policial e descartou falta de planejamento. Afirmou que a corporação se preparou para o evento e agiu de forma correta para evitar conflitos entre os manifestantes contrários e favoráveis ao ex-presidente.

Os manifestantes favoráveis ao ex-presidente começam a montar um acampamento, chamado Lula Livre, próximo ao prédio da carceragem da PF. Segundo Roberto Baggio, da Frente Brasil Popular, os grupos estão se organizando e haverá cozinha improvisada, equipes voluntárias de saúde, ônibus de apoio, colchões e barracas. Sobre possíveis conflitos, Baggio afirma que o objetivo é protestar de maneira pacífica. “Nossa orientação é de que nosso pessoal não aceite provocações. Eles [manifestantes favoráveis à prisão] ficam jogando cerveja, fazendo piadas, não vamos revidar.”

Com informações do Estadão Conteúdo e Agência Brasil

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