Paulo Henrique Barros de Araújo, prefeito em exercício de Bariri (SP) - Reprodução/Facebook
Paulo Henrique Barros de Araújo, prefeito em exercício de Bariri (SP)Reprodução/Facebook
Por ESTADÃO CONTEÚDO

São Paulo - O ex-prefeito de Bariri (SP) Paulo Henrique de Barros Araújo, de 34 anos, preso por suspeita de estupro contra uma menina de 8 anos, está sendo investigado por outros dois casos de assédio contra crianças. Os novos inquéritos foram abertos nesta terça-feira depois que as mães das meninas supostamente assediadas pelo então prefeito interino procuraram a Polícia Civil. As crianças teriam reconhecido Barros de Araújo como o autor dos assédios com base em fotos dele apresentadas pela polícia.

Em um dos casos, no último dia 18, em Bariri, o homem que estava em um carro preto abordou uma menina de 9 anos em um ponto de ônibus e tentou fazer com que a criança entrasse no veículo. Ele estava sem calças e manipulava o órgão sexual, segundo a vítima. A Polícia Civil teve acesso às imagens de uma câmera que comprovariam a abordagem.

O outro caso teria acontecido em Itapuí (SP), na mesma região, no dia 18. Conforme o relato de uma menina de 10 anos, ela seguia para a escola quando um homem com as mesmas características a abordou com o pretexto de pedir informações. Segundo a criança, o assediador estava com o órgão sexual exposto e praticava ato libidinoso.

O delegado seccional de Bauru, Ricardo Martines, informou que as duas novas denúncias serão juntadas ao inquérito que apura o crime de estupro de vulnerável do qual Barros de Araújo já é acusado. Ele foi preso em flagrante, na noite de sábado, 21, acusado de atrair para o interior de seu carro e estuprar uma menina de 8 anos que havia saído de casa, no bairro José Regino, em Bariri, para comprar pão.

No domingo, 22, em audiência de custódia, a juíza Ana Lúcia Graça Lima Aiello converteu em prisão preventiva a prisão em flagrante. O ex-prefeito foi transferido para a Penitenciária de Tremembé (SP). Conforme o delegado, o inquérito deve ser concluído em dez dias.

Interino

Barros de Araújo exercia o cargo de prefeito interinamente, depois que a Justiça cassou o registro da chapa vencedora da eleição municipal de 2016. Após sua prisão, a Câmara o afastou do cargo, nomeando outro interino. Uma nova eleição está marcada para o dia 3 de junho. O político, que pertencia ao PSDB, foi expulso da legenda.

O advogado Humberto Pastrello, que acompanhou Araújo durante a prisão em flagrante, informou que não cuida mais do caso. O novo advogado que chegou a ser contatado pela família do acusado, Edson Roberto Reis, informou nesta quarta-feira, 25, que não assumirá a defesa dele. Familiares do ex-prefeito foram procurados pela reportagem, mas informaram que não falariam sobre o caso.

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