Vice-presidente General Hamilton Mourão

 - Romério Cunha/VPR
Vice-presidente General Hamilton Mourão Romério Cunha/VPR
Por O Dia

Brasília - O presidente em exercício, Hamilton Mourão, recorreu novamente a uma expressão militar para defender apuração no caso envolvendo o senador eleito Flávio Bolsonaro (PSL-RJ), filho do presidente Jair Bolsonaro.

"Qual é a sigla? Tu já sabe. Apurundaso. Apurar e punir se for o caso", declarou Mourão ao ser questionado sobre a entrevista de Jair Bolsonaro à TV Bloomberg em Davos (Suíça). O presidente afirmou que, se o filho vier a cometer algum erro, ele terá que pagar o preço.

Mourão negou que Bolsonaro tenha demorado a se manifestar sobre o assunto. "Não, acho que o presidente já tinha declarado isso na primeira vez que surgiu esse assunto. Tenho quase certeza que ele falou isso."

Na terça-feira, Mourão que o "único problema" do senador eleito Flávio Bolsonaro (PSL-RJ) é o sobrenome. Filho do presidente Jair Bolsonaro, o parlamentar é citado em relatório do Conselho de Controle de Atividades Financeiras (Coaf) que detectou movimentações financeiras atípicas, com indícios de lavagem de dinheiro e ocultação de bens, em contas bancárias de servidores e ex-servidores da Assembleia Legislativa do Rio.

"O único problema do senador Flávio qual é? Sobrenome, né?", disse Mourão, ao ser perguntado sobre o caso. Inicialmente, o presidente em exercício destacou que se distanciaria de comentar as polêmicas envolvendo o parlamentar. "Este assunto, meu amigo, estou fora já dele."

Perguntado se as movimentações financeiras também seriam um problema, o presidente em exercício citou que há outros parlamentares da Assembleia Legislativa do Estado que também são investigados na esfera cível por suspeita de improbidade administrativa. "Há essa repercussão toda pelo sobrenome dele, assim como tem mais outros 25 deputados que são investigados por problemas similares."

Para Mourão, é preciso aguardar as investigações e a Justiça. Ele não quis comentar a informação do jornal de que o senador eleito empregou, em seu gabinete, a mãe e a mulher do capitão Adriano Magalhães da Nóbrega, um dos alvos da operação que busca apreender suspeitos de terem participado do assassinato da vereadora Marielle Franco (PSOL-RJ). "Não compete a mim analisar, OK? O governo está tranquilo, este não é um fato que nos interesse por enquanto. Quando passar a interessar, será divulgado quando for necessário."

'Se Flávio vier a errar, ele terá de pagar e eu lamento como pai', diz Bolsonaro

O presidente Jair Bolsonaro afirmou na manhã desta quarta-feira, 23, à TV Bloomberg, que, se ficar provado que o filho mais velho dele, Flávio Bolsonaro (PSL-RJ), cometeu algum ilícito, ele terá de pagar o preço.

A entrevista foi concedida pela manhã em Davos, na Suíça, durante o Fórum Mundial. Trechos dela estão disponíveis no site da Bloomberg em inglês. "Se por ventura ele vier a errar, se for comprovado, eu lamento como pai, mas vai pagar aí o preço dessa ação que nós não podemos coadunar", disse o presidente.

'Se Flávio vier a errar, ele terá de pagar e eu lamento como pai', diz Bolsonaro
Você pode gostar
Comentários