Presidente do Senado, Davi Alcolumbre, pede a Guedes e Bolsonaro que auxílio emergencial no Amapá seja prorrogado por conta do apagão - Antonio Cruz/ Agência Brasil
Presidente do Senado, Davi Alcolumbre, pede a Guedes e Bolsonaro que auxílio emergencial no Amapá seja prorrogado por conta do apagãoAntonio Cruz/ Agência Brasil
Por ESTADÃO CONTEÚDO

Brasília - O presidente do Senado Federal, Davi Alcolumbre, disse nesta sexta-feira, acreditar que a proposta de reforma da Previdência pode estar aprovada até junho, caso o texto seja aprovado pela Câmara dos Deputados em abril. "Se vier da Câmara em abril, acho que a gente entra no recesso de julho com a proposta aprovada", disse o presidente, durante café da manhã com jornalistas.

A previsão de Alcolumbre considera a tramitação da proposta seguindo os prazos regimentais das duas Casas. Primeiro, o texto tem que ter o aval da Comissão de Constituição e Justiça (CCJ), que verifica se respeita princípios constitucionais. A CCJ deve ser instalada na próxima terça-feira. Depois, a proposta segue para a comissão especial, onde fica, no mínimo, por 11 sessões, em que os parlamentares analisam o texto e podem fazer alterações. Em seguida, o texto é votado na comissão especial e segue para o plenário da Câmara, onde precisa de 308 votos dos 513 deputados, em dois turnos, para ser aprovado. Só depois segue para a CCJ do Senado, antes de ir ao plenário, onde são necessários 49 votos dos 81 senadores, também em dois turnos, para ser aprovado.

Alcolumbre disse que, apesar de o governo ainda não ter os 49 votos suficientes para aprovar o texto, "a maioria dos senadores quer votar reforma da Previdência". Ele destacou, no entanto, que o governo precisa se articular para buscar os votos necessários.

O presidente informou que em 15 dias terá uma conversa com os líderes dos partidos no Senado para saber o "sentimento" da Casa com relação à reforma. Ele adiantou, no entanto, que a reforma da Previdência não tem como tramitar ao mesmo tempo que o pacote "anticrime" do ministro da Justiça e Segurança Pública, Sergio Moro.

"A reforma da Previdência pode ser um tema sensível, mas os senadores estão dispostos. Eu não via essa vontade de votar em outros governos", disse o presidente do Senado.

Alcolumbre afirmou que neste primeiro momento há uma resistência de senadores em relação às mudanças no Benefício de Prestação Continuada (BPC), pago a idosos e pessoas com deficiência de baixa renda.

De acordo com o Alcolumbre, os senadores estão dispostos a criar uma comissão especial no Senado para que os parlamentares possam acompanhar o andamento da reforma da Previdência na Câmara dos Deputados e debater os pontos polêmicos do texto. Na avaliação do presidente, o grupo pode dar celeridade ao processo.

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