Agências do Banco do Brasil foi atacada na madrugada desta quinta-feira - Reprodução / GoogleMaps
Agências do Banco do Brasil foi atacada na madrugada desta quinta-feiraReprodução / GoogleMaps
Por O Dia

São Paulo - O secretário-executivo da Polícia Militar de São Paulo, coronel Álvaro Camilo, disse, nesta quinta-feira, que as mortes de suspeitos em tentativas de assaltos a bancos em Guararema, na região metropolitana de São Paulo, foram resultados de confrontos entre o grupo e a polícia. Durante a ação, 11 criminosos foram mortos e dois estão presos, segundo balanço divulgado pela secretaria. O coronel destacou que os que se entregaram irão depor.

"A polícia foi preparada para o que podia acontecer. Um enfrentamento. Declarações da comunidade local da quantidade de tiros disparados na cidade ontem à noite. Isso já demonstra a agressividade. E a polícia foi com muita cautela. Não foi de perto aberto. Foi tomando cuidado, se protegendo e enfrentando os marginais onde essa opção deles foi desse jeito. Os que se entregaram estão vivos e vão depor e vão colaborar com a investigação", disse o coronel.

Não há feridos ou mortos entre os policiais e moradores da cidade. O coronel afirmou ainda que a ação mostra que "não é uma boa opção enfrentar a Polícia de São Paulo".

A tentativa de assalto, de acordo com Camilo, ocorreu por volta das 3h. O setor de inteligência já havia identificado que uma quadrilha poderia agir na região e o policiamento na área foi reforçado, embora a polícia não soubesse em qual cidade a quadrilha iria agir. Às 3h, a polícia foi mobilizada por causa da explosão de duas agências bancárias em Guararema. De acordo com o secretário, quando chegou ao local, a primeira viatura foi recebida a tiros, resultando no primeiro confronto.

Segundo a Secretaria de Segurança Pública, houve perseguição e troca de tiros em cinco pontos diferentes da cidade. Um dos criminosos chegou a fazer uma família refém. Foram apreendidos oito fuzis, quatro pistolas, duas calibres 12, explosivos, veículos e coletes. Segundo Camilo, seis viaturas foram alvejadas.

A quadrilha, informou a secretaria, tinha de 20 a 25 integrantes. Parte deles conseguiu fugir. A ação será investigada com apoio do Ministério Público e segue sob sigilo.

A operação contou com a participação do Grupo de Ações Táticas Especiais (Gate), das Rondas Ostensivas Tobias de Aguiar (Rota) e do Comando e Operações Especiais (COE). De acordo com o comandante da Rota, Mario Alves da Silva Filho, os criminosos queriam o enfrentamento. "Eles não tinham intenção de se entregar".

O secretário-executivo negou que tenha ocorrido mudança de procedimento na ação da Polícia Militar em razão do novo governo estadual. "A ideia não é o confronto. A ideia é proteger o cidadão. Se o confronto acontecer, foi opção da marginalidade", afirmou. "Qual é o direcionamento do governo (João) Doria? É exatamente não deixar que o crime cresça mais. A ideia é criar forças, no estado todo, para fazer frente ao crime mais grave", acrescentou.

O governador de São Paulo, João Doria, em vídeo divulgado no Twitter após entrevista à imprensa, elogiou a ação dos policiais. "Bandidos que usam escopetas, fuzis e metralhadoras não saem para passear. Eles saíram para assaltar e fazer vítimas. Estão de parabéns os policiais que agiram e colocaram no cemitério mais dez (no total são 11 mortos) bandidos". Doria disse ainda que vai homenagear os policiais no próximo dia 10, no Palácio dos Bandeirantes.

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