Presidente Jair Bolsonaro - Marcelo Camargo/Agência Brasil
Presidente Jair BolsonaroMarcelo Camargo/Agência Brasil
Por ESTADÃO CONTEÚDO
Brasília - O presidente da República, Jair Bolsonaro, se reuniu com Paulo Guedes nesta segunda-feira e conversou rapidamente com a imprensa ao lado do ministro. O presidente reforçou a importância da reforma da Previdência para o país. 
Bolsonaro disse que "outra alternativa" para o caso de o país continuar tendo déficits seria "imprimir moeda", mas lembrou que, com isso, haveria aumento da inflação. "Poderíamos ainda pegar empréstimo lá fora, mas será que querem emprestar pra nós? Com que taxas de juros? Não tem outra alternativa, é a reforma da Previdência", completou.
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Questionado sobre cortes no orçamento da Educação, o presidente disse que o ideal seria que Orçamento fosse cumprido na íntegra, mas a expectativa de receita vem caindo, por isso necessidade de contingenciamentos. Ele disse, no entanto, que, no caso do Ministério da Educação, não houve contingenciamento, mas realocação de recursos entre áreas. A pasta, no entanto, foi uma das atingidas pelo corte no Orçamento anunciado em março.
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Depois de o mercado reduzir a estimativa de crescimento da economia para este ano, Guedes disse que o Brasil voltará a crescer a partir de julho. "Assim que forem aprovadas as reformas, o Brasil retomará o seu caminho de crescimento sustentável. Não há novidade nenhuma nessa desaceleração econômica, o Brasil está prisioneiro de uma armadilha de baixo crescimento e nós vamos escapar com as reformas", afirmou. "O Brasil de julho em diante está crescendo de novo."
Crescimento
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Nesta segunda-feira, os analistas de mercado revisaram a expectativa de alta para o Produto Interno Bruto (PIB) em 2019 de 1,70% para 1,49%, conforme o Relatório de Mercado Focus. Guedes disse que isso é normal e que o país vinha crescendo muito abaixo disso, 0,5% ao ano. "O mundo está em desaceleração, o Brasil é o contrário, era prisioneiro de uma armadilha do baixo crescimento e vai recuperar crescimento econômico pelo caminho das reformas. Vamos começar a simplificar e reduzir impostos, vamos fazer a descentralização para Estados e municípios", completou.
Minha Casa Minha Vida
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O ministro disse ainda que o programa Minha Casa, Minha Vida está sendo reavaliado e que estão sendo mantidas conversas entre a Economia e a Caixa para recalibrar o programa. "Tinham 70 mil casas devolvidas, 60 mil casas não terminadas. O programa precisa passar por reavaliações", afirmou.
Segundo Guedes, no entanto, o programa não foi contingenciado pela equipe econômica e a Caixa segue liberando recursos.