Portão principal do Complexo Penitenciário Anísio Jobim (Compaj), em Manaus - Marcelo Camargo/Agência Brasil
Portão principal do Complexo Penitenciário Anísio Jobim (Compaj), em ManausMarcelo Camargo/Agência Brasil
Por O Dia
Amazonas - O governo do Amazonas confirmou que 42 presos foram encontrados mortos nesta segunda-feira, todos com indícios de morte por asfixia, em presídios em Manaus. Os corpos foram encontrados após uma briga entre detentos no Complexo Penitenciário Anísio Jobim (Compaj), que resultou em 15 mortes, neste domingo, resultando em 57 assassinatos. Após o episódio, a Secretaria de Administração Penitenciária (Seap), com o apoio do Sistema de Segurança, começou a realizar intervenções em todo o sistema prisional de Manaus. 
Publicidade
Durante as intervenções ocorridas nesta segunda-feira, 27 mortos foram encontrados no Instituto Penal Antônio Trindade (Ipat), cinco mortos e quatro feridos no Centro de Detenção Provisória Masculino (CDPM 1), seis mortos na Unidade Prisional do Puraquequara (UPP) e mais quatro mortos no Compaj.
A Secretaria de Segurança Pública do Estado informou que o governador do Amazonas, Wilson Lima, conversou com o ministro da Justiça, Sérgio Moro, na tarde desta segunda-feira, e assegurou auxílio do Governo Federal para as unidades prisionais do estado, com reforço da Força-tarefa de Intervenção Penitenciária (FTIP).
Publicidade
“Acabei de falar com o ministro Sérgio Moro, que já está mandando uma equipe de intervenção prisional para o Estado do Amazonas, para que possa nos ajudar neste momento de crise e um problema que é nacional: o problema dos presídios. A qualquer momento a equipe de intervenção do Ministério da Justiça desembarca no Estado para nos ajudar”, afirmou o governador.
A Seap informou que já iniciou investigações para identificar os responsáveis pelas mortes e que vai adotar medidas disciplinares nos presídios, a exemplo do que já fez no Compaj.