Os ministros da Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações, Marcos Pontes e da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, Tereza Cristina, falam à imprensa após lançamento da Câmara Agro 4.0 - Neila Rocha/MCTIC
Os ministros da Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações, Marcos Pontes e da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, Tereza Cristina, falam à imprensa após lançamento da Câmara Agro 4.0Neila Rocha/MCTIC
Por O Dia
Brasília - O governo federal lançou nesta quinta-feira um grupo para discutir a adoção de tecnologias digitais da chamada “Internet das Coisas” no campo. A “Câmara Agro 4.0” será encabeçada pelos ministérios da Agricultura (MAPA) e da Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações (MCTIC), mas contará com terá a participação de outros órgãos, de pesquisadores e de associações e empresas do setor no país. O anúncio foi realizado em cerimônia na sede do MCTIC, em Brasília.
O termo “Internet das Coisas” (IdC, ou IoTna sigla em inglês) vem sendo adotado nos últimos anos para designar um ecossistema em que não apenas pessoas estão conectadas por meios de seus computadores e smartphones, mas também dispositivos estão interligados entre si, com usuários e com sistemas complexos de coleta, processamento de dados e aplicações de diversos tipos.
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Na agricultura, um exemplo é o uso de sensores em tratores que medem a situação do solo e enviam dados para sistemas responsáveis por processar essas informações e fazer sugestões das melhores áreas ou momentos para o plantio. Outro é o emprego de sistemas para fazer previsão de variações de microclima nas áreas da terra, de forma a melhorar o preparo para as alterações de temperatura ou início e fim de chuvas.
A câmara é uma decorrência do “Plano Nacional de Internet das Coisas”, lançado em junho pelo Executivo. A agricultura foi elencada como uma das quatro áreas prioritárias, juntamente com cidades inteligentes, indústria e saúde. A intenção da iniciativa é detalhar as políticas públicas que serão desenvolvidas para o campo.
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A ministra da Agricultura, Tereza Cristina, pontuou como um dos desafios levar essas novas tecnologias também para os pequenos e médios produtores. Segundo ela, o agronegócio brasileiro já é avançado do ponto de vista tecnológico, mais ainda no que chamou de “grande agricultura”. “Não podemos esquecer que pequena agricultura também tem que ser apoiada para que não tenhamos um gap (lacuna, tradução livre) entre essas duas agriculturas. E ela precisa também de apoio na inovação, ciência, tecnologia”, declarou.