Alexandre Frota
 - Valter Campanato / Agência Brasil
Alexandre Frota Valter Campanato / Agência Brasil
Por Istoé

São Paulo - O deputado Alexandre Frota, expulso do PSL na terça-feira, concedeu entrevista ao Jornal Folha de S.Paulo para falar sobre o assunto. Ele disse que o presidente Jair Bolsonaro exigiu seu expurgo da sigla, que ele é “um idiota ingrato que nada sabe” e que “aquela cadeira de presidente ficou grande para ele e ele se lambuzou com o mel da Presidência”.

Frota foi acusado de infidelidade partidária por criticar abertamente o presidente. Para o deputado, esse é “um aviso para aqueles que acham que estamos vivendo em uma democracia”. O deputado disse também que já recebeu convites de sete partidos —DEM, PP, MDB, PSDB, Podemos, PSD e PRB. Após se aproximar do governador de São Paulo, João Doria, está inclinado a se filiar ao PSDB.​

Alexandre Frota apoiou candidatura de Bolsonaro - Alexandre Brum / Agência O Dia

“Não disse amém e é preciso dizer amém. Não tive e não tenho medo do governo do Lula, do PT, não terei medo do governo Bolsonaro”, disse Frota. “Foram vários os fatores que levaram a expulsão do partido, mas o fato de falar a verdade incomodou muito, de criticar quem não gosta de ser criticado e não está preparado para as críticas. Isso pesou muito para o Bolsonaro”, explicou.

As críticas não pararam com a expulsão do partido. Na entrevista, Frota questionou até mesmo o histórico do presidente. “Bolsonaro não foi ninguém no Exército, saiu expurgado de lá, não foi brilhante, ou estou errado? Não estou”, disse. “Eu, como ator pornô, dei mais certo do que ele no Exército. Bolsonaro está fazendo parte de uma matilha cultural e social de extrema-direita, que assim como a esquerda, que durante muito tempo trabalhou isso, acham que vão dominar o país. E aí entram com as agressões, com as humilhações aos aliados, aos amigos, aqueles que o ajudaram a levá-lo à Presidência da República”, disparou.

Frota filou-se ao PSL em 2018, convidado por Jair Bolsonaro. Foi eleito para a Câmara dos Deputados por São Paulo com pouco mais de 150 mil votos

 

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