O governador do estado de São Paulo, João Doria, o presidente da República, Jair Bolsonaro e o ministro do Meio Ambiente, Ricardo Salles - Marcos Corrêa/PR
O governador do estado de São Paulo, João Doria, o presidente da República, Jair Bolsonaro e o ministro do Meio Ambiente, Ricardo SallesMarcos Corrêa/PR
Por ESTADÃO CONTEÚDO
São Paulo - O presidente Jair Bolsonaro e o governador do Estado de São Paulo, João Doria (PSDB), que estão com as relações estremecidas, dividiram nesta sexta-feira, 11, o mesmo palco durante cerimônia de formatura de sargentos da Escola de Sargentos da Policia Militar do Estado de São Paulo, no Sambódromo, na zona Norte de São Paulo.

Mas foi a plateia, formada por cerca de 12 mil pessoas, segundo a Polícia Militar, que vocalizou as divergências entre os dois mandatários. Enquanto Bolsonaro era ovacionado e chamado de mito a cada vez que tinha seu nome anunciado pelo serviço de som do Sambódromo, Doria era vaiado.

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João Doria se aproximou de Bolsonaro nas eleições de 2018 Reprodução/ Twitter
O presidente Jair Bolsonaro com o governador de São Paulo, João Doria, em evento na Academia Militar das Agulhas Negras, em Resende Divulgação
Bolsonaro e Doria fazendo flexão em cerimônia em junho deste ano em São Paulo Reprodução
'O mundo inteiro está repercutindo pessimamente a intervenção do presidente na Assembleia Geral das Nações Unidas', disse o governador de São Paulo João Doria Eduardo Carmim/Parceiro/Agência O Dia
Presidente Bolsonaro acompanhado da ministra Tereza Cristina, da Agricultura, e do governador paulista, João Doria (PSDB) na Agrishow Alan Santos/PR
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Dirigindo-se ao Alto Comando da Policia Militar do Estado de São Paulo e aos formandos, Bolsonaro disse ser o primeiro presidente a valorizar as Forças Armadas e as polícias brasileiras. Disse que foram as duas instituições "que impediram os comunistas de tomarem o Brasil". "A esquerda foi vencida. Eles perderam", discursou Bolsonaro para o delírio da plateia.

Durante sua fala, Doria citou várias vezes o nome de Bolsonaro e disse que o "Estado de São Paulo não faz oposição ao Brasil" e que, antes, apoia todo e qualquer projeto do governo federal "bom para o país. "Aqui presidente Bolsonaro, tem esforço, tem trabalho e tem governo", disse.

Antes dos discursos, Bolsonaro repetiu a quebra de protocolo que fez em Brasília na Parada Cívica de 7 de Setembro. Desceu do palanque montado para as autoridades políticas e militares e andou entre os 697 formandos, familiares e padrinhos de formaturas dos sargentos. Doria agradeceu a presença de Bolsonaro e disse que São Paulo tem a melhor polícia do país.