"A decisão foi da maioria dos deputados que decidiram em função de todo o tensionamento que tem acontecido, dos posicionamentos do líder anterior que contrariavam a posição do governo", disse o líder do governo na Câmara, Major Vitor Hugo (GO). Ele citou a obstrução à votação da medida provisória 886 feita por Waldir na sessão da Câmara de terça-feira (15).
Questionado se o presidente Jair Bolsonaro foi consultado sobre o assunto, Vitor Hugo disse que isso não era assunto para ele comentar. "Estamos caminhando para paz a partir disso", afirmou
Eduardo Bolsonaro afirmou que o partido está aos poucos "aprendendo a jogar o jogo político". "Inicialmente eu não queria ser líder, mas é um nome que tem maior convergência dentre os deputados. Meu compromisso aqui é ficar até dezembro que é quando teremos eleições no partido. Minha intenção é manter o status quo", afirmou Eduardo.
"Muitos deputados foram retirados de comissões. Ocorreu uma retaliação e pareceu que é estava se fazendo política com o fígado", afirmou Eduardo. "Estou vindo para tentar colocar um pouco de panos quentes", disse. "Todos os temas como a embaixada ou a viagem agora para Ásia são temas secundários".
Mais cedo, Delegado Waldir havia dito que o presidente da República, Jair Bolsonaro, estava pressionando parlamentares para destituí-lo da liderança da bancada e colocar no lugar Eduardo Bolsonaro. "Há interferência direta do presidente da República, que quer a minha destituição da liderança do PSL", afirmou Waldir. "O presidente da República está ligando para cada parlamentar e cobrando o voto no filho do presidente", afirmou.
Em um contra-ataque, o grupo de deputados do PSL ligado ao presidente do partido Luciano Bivar (PE), protocolou no fim da noite desta quarta-feira, dia 16, uma segunda lista na Câmara pedindo a manutenção do deputado Delegado Waldir (GO) como líder da bancada. Eles alegam ter 32 assinaturas.