Rio - Durante o domingo, houve várias manifestações que marcaram o Dia Internacional da Mulher. As marchas agendadas pelo Brasil, além de tocar em causas ligadas à questão da mulher, foram além, incluindo temas como o racismo, o respeito à democracia e a questão dos sem-terra. O presidente Jair Bolsonaro foi o maior alvo dos protestos. O nome da vereadora Marielle Franco, cuja morte completa dois anos no próximo sábado, foi lembrado nas marchas.
Em Brasília, a concentração foi no Eixo Monumental. Houve participação de mulheres sem-terra e de várias organizações contra o racismo e em defesa dois trabalhadores. Em Belo Horizonte, por sua vez, a caminhada incluiu protestos contra a violência de gênero.
Já em São Paulo, mais de oitenta entidades encontraram-se em protesto na Avenida Paulista, num ato que começou a ser preparado em janeiro, com o nome de 'Mulheres Contra Bolsonaro'.
O jornal 'Folha de S. Paulo' informa que nos protestos, um coletivo formado por nove organizações religiosas gritou "quem é cristão não apoia a ditadura, Bolsonaro não é cristão coisa nenhuma". Michelle Dias, uma das manifestantes, afirmou ao jornal que a ideia era mostrar que "nem todo evangélico é conservador".
Já no Rio, houve uma manifestação na Praia de Copacabana, a partir das 10h de ontem, em que mulheres protestavam contra a violência doméstica. Houve também a terceira edição da Corrida das Poderosas, às 8h, no Aterro do Flamengo. E houve atos em lugares como a Praça do Relógio (Duque de Caxias) e Cais do Valongo. Hoje, há uma manifestação às 17h, na Candelária, sob o título 'Pela vida de todas as mulheres, por democracia, contra a retirada de direitos. Um Rio de coragem feminista contra a violência e os governos fascistas'.