O presidente Jair Bolsonaro ignorou as recomendações de isolamento social proferidas pelo Ministério da Saúde e passeou neste domingo (29) pelo comércio de Brasília - Reproduçao/Rede Sociais
O presidente Jair Bolsonaro ignorou as recomendações de isolamento social proferidas pelo Ministério da Saúde e passeou neste domingo (29) pelo comércio de BrasíliaReproduçao/Rede Sociais
Por ESTADÃO CONTEÚDO
Brasília - O Twitter deletou duas publicações feitas na conta do presidente Jair Bolsonaro, na noite deste domingo, por violação às normas da rede social. Os tuítes foram feitos durante passeio de Bolsonaro a regiões de Brasília durante a manhã, na qual conversou com apoiadores e vendedores de rua e defendeu a reabertura do comércio, apesar das orientações de órgãos de saúde.

Na segunda-feira, a rede social adotou postura semelhante e tirou do ar dois tuítes do ministro do Meio Ambiente, Ricardo Salles, e um do senador Flávio Bolsonaro, que republicavam vídeo antigo do médico Dráuzio Varella. As postagens teriam violado as normas sobre conteúdos enganosos, visto que a gravação era datada de janeiro, mas os tuítes passavam a ideia de ser algo recente.

A plataforma conta agora com medidas que preveem a exclusão de conteúdos que neguem ou distorçam orientações dos órgãos de saúde em relação ao combate e prevenção ao novo coronavírus.

As publicações deletadas por Bolsonaro foram feitas nesta manhã, enquanto o presidente visitava áreas de Brasília em descumprimento às normas de aglomeração de pessoas. Em uma das imagens, o presidente conversava com um vendedor de churrasquinho em Taguatinga, no Distrito Federal.

A gravação foi derrubada e, no lugar, consta uma mensagem que o tuíte não está mais disponível por violar as regras da rede social.

Apenas um vídeo permanece online, o que mostra o presidente em um comércio em Ceilândia, acompanhado de seguranças e populares.

As novas regras do Twitter podem levar à exclusão de publicações que neguem recomendações de autoridades de saúde locais ou globais, descrição de tratamentos ou medidas de proteção ineficazes, negação de fatos científicos estabelecidos, afirmações em torno do Covid-19 que têm como objetivo manipular o debate, afirmações não verificada que incitam as pessoas a agir ou causam pânico generalizado, afirmações feitas por pessoas que se passam por funcionário, organização ou governo de saúde, propagação de informações falsas ou enganosas sobre procedimentos de diagnóstico e informações de que grupos específicos ou nacionalidades serão ou não mais ou menos suscetíveis ao coronavírus.