Entregadores de aplicativos se organizam para reivindicar direitos - Reprodução Twitter
Entregadores de aplicativos se organizam para reivindicar direitosReprodução Twitter
Por iG - Economia

São Paulo - Em dia de greve nacional, os entregadores que trabalham para os aplicativos de entregas iFood, Uber Eats, Rappi, Loggi e James demonstram insatisfação com a remuneração pelas entregas e os bloqueios arbitrários adotados pelos apps e ainda cobram mais respeito, direitos e proteção, sobretudo em meio à pandemia do novo coronavírus (Sars-Cov-2), quando os trabalhadores se dizem deixados à própria sorte pelas empresas, que não garantem segurança a seus prestadores de serviços.

Organizada e planejada de forma autônoma, a greve dos entregadores desta quarta-feira tem como uma de suas principais bandeiras "Mais taxas, menos bloqueios e mais respeito". Em São Paulo, grande número de motoboys se reúne no início da tarde, fechando via da Rua da Consolação e seguindo para a Avenida Paulista. 

O movimento que tem como lema "Breque dos Apps" pede que os usuários não usem os aplicativos de entrega nesta quarta-feira e avaliem os aplicativos com notas baixas na Play Store, para Android, e na Apple Store, para iOS, usando o espaço dos comentários para cobrar garantias e direitos aos entregadores que prestam serviços às plataformas.

Os entregadores reivindicam que os aplicativos aumentem o valor das corridas e o valor mínimo por entrega, garantam seguro de roubo, acidente e vida, vale-refeição e deem mais auxílio durante a pandemia, quando motoboys relatam estar trabalhando mais e recebendo valores menores por entregas.

Além da ausência de direitos trabalhistas a exposição à Covid-19, os trabalhadores citam ainda bloqueios feitos nos aplicativos em casos em que os usuários fazem reclamações sobre pedidos. Muitas vezes, segundo os motoboys, as empresas de delivery sequer ouvem os envolvidos em uma entrega atrasada, por exemplo, e bloqueiam quem teria cometido o erro, segundo a reclamação do consumidor.

Nesta quarta, outras cidades brasileiras além de São Paulo também têm atos e paralisação dos entregadores, e movimento se espalha ainda para outros países da América Latina. O contexto duro de trabalho dos motoboys e a informalidade escancarada foram ainda mais expostos e ganharam importância ainda maior durante a pandemia, e trabalhadores dizem que não são bem tratados pelas empresas para as quais prestam serviços.

Em Niterói (RJ), motoboys também se reúnem e cobram direitos trabalhistas:

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