Em nova coletiva da pasta, na noite desta quarta-feira (9), o secretário-executivo Elcio Franco destacou que o Ministério da Saúde foi oficialmente comunicado sobre a suspensão na noite de ontem. "Ainda não sabemos o quanto o cronograma previsto para o desenvolvimento da vacina da AstraZeneca está impactado, em razão da suspensão dos testes. É preciso aguardar e avaliar", declarou.
Ainda durante a coletiva, o secretário falou que o contrato entre a Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) e a AstraZeneca não sofrerá qualquer alteração por causa da suspensão dos testes. "Além do memorando de entendimento, o acordo da encomenda tecnológica ja foi assinado eletronicamente. É muito cedo para fazer qualquer afirmação sobre falhas. Essa suspensão é um procedimento de segurança para que o evento adverso seja analisado e assim certificar a segurança e a efetividade da vacina", explicou.
A pausa da AstraZeneca aconteceu por conta de um voluntário no Reino Unido, que teria desenvolvido um efeito adverso sério por conta do imunizante. A empresa diz que está revisando os testes para verificar os dados de segurança, e que o procedimento é de rotina.
Previsão de vacina para janeiro
"A gente está fazendo os contratos com quem fabrica a vacina, e a previsão é de que essa vacina chegue para nós a partir de janeiro. Em janeiro do ano que vem, a gente começa a vacinar todo mundo", disse em reunião ministerial.
O ministro também anunciou no final de julho a assinatura de um documento base de produção de 100,4 milhões de vacinas em parceria com a Fiocruz e a AstraZeneca para a vacina desenvolvida pela Universidade de Oxford. Há a previsão de que sejam investidos pelo menos R$ 1,8 bilhão no processo.
A maior parte (1,3 bilhão de reais) faz parte do acordo de encomenda tecnológica com o laboratório internacional. Outros 522,1 milhões serão utilizados para otimizar as estruturas de Bio-Manguinhos, laboratórios da Fiocruz responsáveis pela produção de imunobiológicos.
O Brasil registrou nesta quarta-feira (9) mais 1.075 mortes e 35.816 novos casos do novo coronavírus. O País soma 128.539 mortes e 4.197.889 casos da Covid-19 desde o início da pandemia, segundo dados do Ministério da Saúde. A pasta ainda informa que 3,4 milhões de pessoas já contraíram o vírus e se curaram.