Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) - Fepesil/Parceiro/Agência O Dia
Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa)Fepesil/Parceiro/Agência O Dia
Por ESTADÃO CONTEÚDO
A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) manteve nesta terça-feira, 15, a decisão de banir o agrotóxico Paraquate do Brasil a partir do próximo dia 22. O produto não poderá ser produzido ou usado no País. Também ficará proibida a importação desse ingrediente ativo, um dos mais populares no campo e tido como altamente tóxico pela própria agência. A prorrogação do uso do agrotóxico era defendida pela bancada ruralista no Congresso Nacional e o Ministério da Agricultura. O prazo para proibição foi definido em 2017, mas estava sendo rediscutido.
A decisão da Anvisa desta terça-feira foi por um placar apertado: 3 a 2 pelo banimento neste mês.
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No fim de março a Justiça Federal chegou a suspender o debate na Anvisa sobre a prorrogação do uso da substância. Os diretores estudavam manter o agrotóxico nas lavouras até julho de 2021.
Desde 2017 havia restrições sobre o uso do Paraquate. A Anvisa permitia, até setembro de 2020, aplicar o produto como dessecante pré-plantio e produzi-lo para exportação em embalagens menores do que cinco litros. À época a agência autorizou que agricultores usassem galões já comprados do agrotóxico.
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Em voto apresentado em agosto, o relator do caso, diretor Rômison Mota, afirmou que o Paraquate não é permitido em 50 países e é aceito em 13 países, mas com restrições. "As proibições variam em relação à suspeita de causar Doença de Parkinson e em relação à toxicidade aguda que pode levar a intoxicações, muitas delas fatais, além de suicídios (maioria dos casos nos países asiáticos)."
Segundo levantamento da agência, países como os Estados Unidos, Canadá, Austrália, Japão e Nova Zelândia permitem o uso do pesticida, sob restrições. A União Europeia, entre outras nações, proíbem.