Os profissionais da TV Centro América trabalhavam normalmente na cobertura do evento com Bolsonaro, mas um dos seguranças do presidente reconheceu Mel Parizzi, repórter, e Idemar Marcatto, cinegrafista, como funcionários da Globo, e então pediu que o Exército removesse os profissionais do local, impedindo o prosseguimento da cobertura e ameaçando prender os trabalhadores, que apenas realizavam seu trabalho, bem como profissionais de outras emissoras no local.
O caso foi revelado pelo Jornal Nacional desta sexta pela Globo. O Palácio do Planalto não respondeu aos questionamentos nem justificou a remoção dos profissionais da TV Centro América, encarada como censura por associações de imprensa.
A Associação Brasileira de Emissoras de Rádio e Televisão (Abert), a Associação Nacional de Editores de Revistas (Aner) e a Associação Nacional de Jornais (ANJ) divulgaram nota de repúdio à censura imposta à afiliada da Globo em Mato Grosso.
Segundo a nota das associações, os agentes de segurança de Bolsonaro permitiram a entrada de outras equipes de reportagem e impediram arbitrariamente o trabalho da equipe da TV Centro América, ameaçando inclusive prender os profissionais. O comunicado ainda destaca que qualquer tipo de censura cerceia o direito constitucional da sociedade de ser livremente informada e fere a liberdade de imprensa.