O segurança que realizou a abordagem disse reiteradas vezes que a vítima não deveria utilizar aquele tipo de vestuário, pois é um homem e "tem que estar composto". Após minutos de debate, o homem conseguiu entrar no mercado, mas foi novamente repreendido.
"Na hora da saída, ajeitei meu short e novamente vieram me repreender. Dessa vez, questionei ao segurança do vídeo sobre o porquê de todo esse incômodo comigo e a resposta foi essa que vocês estão vendo", escreveu o jovem em sua rede social ao explicar a abordagem.
CONSTRANGIMENTO NO WALMART
— Insuficiente (@qualfoipascoal) September 20, 2020
Tentaram me impedir de entrar no supermercado, perguntei o motivo e olha só o show de horrores:
Ajudem a divulgar isso!
Tenho que ME VESTIR COMO HOMEM pq ofendo crianças. Mas só EU, outras pessoas não.
Que nome se dá pra esse tipo de discriminação? pic.twitter.com/HgvJQWkYis
“O senhor, até esse momento, o senhor é homem, então o senhor tem que ajeitar seu short. Homem tem que estar composto, temos várias crianças ali”, disse o segurança diversas vezes no vídeo.
A vítima disse que vai processar a rede de supermercados. Em nota divulgada pelo jornal Correio*, da Bahia, o grupo Big Bompreço, responsável pela unidade onde a abordagem ocorreu, disse que o segurança será afastado. Também disseram que vão realizar ofícinas com os funcionários sobre o código de ética da empresa. O supermercado define em suas regras que apenas pessoas em trajes de banho podem ser impedidas de entrar no local.
“O Grupo BIG informa que o fato ocorrido no supermercado de Itapuã é inadmissível e não corresponde ao procedimentos e valores da empresa. Tomaremos as medidas cabíveis, como o afastamento nesta manhã do segurança terceirizado. A empresa está em contato com o cliente, colocando-se à sua disposição para toda assistência necessária nesse momento. Reiteramos que não aceitamos situações como essa e reforçamos nossos pedidos de desculpas ao cliente”, comentou.