Jair Bolsonaro - Agência Brasil
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Por O Dia
O presidente Jair Bolsonaro voltou a comentar sobre a obrigatoriedade de vacinar a população. Nesta segunda-feira (26), ele também afirmou não entender a “pressa” na corrida por um imunizante e questionou a possibilidade de “investir na cura”, em vez da vacina, citando medicamentos sem eficiência comprovada, como a hidroxiclorquina. Ao comentar sobre os avanços nas pesquisas em Oxford, porém, o presidente disse que prefere esperar a ciência.
O Supremo Tribunal Federal (STF) vai discutir o tema da obrigatoriedade da vacinação, o que motivou as declarações do presidente da República. A medida no tribunal veio após políticos acionarem a Corte para julgar as controvérsias em torno do tema. Uma das ações quer impedir o governo de prejudicar o andamento de qualquer pesquisa de imunizante no Brasil. Outras duas discutem a legalidade de impor a vacinação obrigatória à população.
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"Vou encontrar com o ministro Pazuello da Saúde para tratar desse assunto, porque temos uma jornada pela frente, onde parece que foi judicializada essa questão, e entendo que essa não é uma questão de Justiça, é uma questão de saúde acima de tudo, não pode um juiz decidir se você pode ou não tomar vacina , isso não existe", afirmou Bolsonaro.
"O que nós queremos é buscar a solução para o caso. Agora, pelo que tudo indica, a vacina que menos demorou até hoje foram quatro anos, eu não sei porque correr em cima dessa", acrescentou o presidente.
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Ao questionar os métodos científicos, no entanto, Bolsonaro voltou a levantar a bandeira de medicamentos que ainda não têm eficiência comprovada cientificamente:
"Eu dou minha opinião pessoal: não é mais fácil e barato investir na cura do que na vacina? Ou jogar nas duas, mas também não esquecer da cura? Eu, por exemplo, sou uma testemunha. Eu tomei a hidroxicloroquina, outros tomaram a ivermectina, outros tomaram annita e deu certo", afirmou.
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Para os imunizantes, no entanto, a ciência foi citada como barreira para investimentos: "O que a gente tem que fazer é não querer correr, é não querer atropelar. Não querer comprar desta ou daquela sem nenhuma comprovação ainda", declarou o mandatário ao fazer referência a divulgação sobre as pesquisas de Oxford, que anunciou que a vacina contra a covid-19 desenvolvida pela universidade produz resposta imunológica similar em adultos mais velhos e mais jovens e tem reações adversas menores entre os idosos.
Com informações do Estadão Conteúdo.