CoronaVac: Butantan fez pedido de uso emergencial a Anvisa nesta sexta (8) - AFP
CoronaVac: Butantan fez pedido de uso emergencial a Anvisa nesta sexta (8)AFP
Por Letícia Moura
São Paulo - Os estudos com a vacina CoronaVac, desenvolvida pela farmacêutica chinesa Sinovac em parceria com o Instituto Butantan, mostram 78% de eficácia na prevenção da doença provocada pela covid-19. Durante a Fase 3 da pesquisa, o imunizante apresentou eficácia de 100%, impedindo casos graves, moderados e internação hospitalar. Os dados foram antecipados pela GloboNews. 
Segundo o Governo de São Paulo, referente aos 78% de eficácia contra o coronavírus, significa que a cada 100 voluntários que contraíram o vírus, somente 22 tiveram apenas sintomas leves, mas sem a necessidade de internação hospitalar.
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“A vacina mostrou 100% de eficácia contra casos graves e moderados. Não houve nenhum caso grave de covid-19 entre os voluntários imunizados com a vacina do Butantan”, explicou o diretor da instituição, Dimas Covas.
Também nesta quinta-feira, o instituto deu entrada ao pedido na Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) para uso do imunizante. Em São Paulo, o início da campanha de vacinação contra covid-19 continua previsto para o dia 25 deste mês.  
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Conforme o Governo de São Paulo, entre os imunizados ao longo dos testes clínicos e que contraíram o vírus, nenhum apresentou caso grave ou moderado da doença nem precisou de internação. "Ou seja, quem tomar a vacina do Butantan estará com a saúde protegida e chances mínimas de agravamento da covid-19", avaliou o governo paulista.
De acordo com Dimas Covas, no Brasil, participaram do estudo 12.476 profissionais de saúde da linha de frente à covid-19.
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Revista Lancet
Em novembro, a revista científica Lancet, uma das mais importantes no mundo, publicou os resultados de segurança da Coronavac nas fases 1 e 2, realizados na China, com 744 voluntários. A publicação mostrou que a vacina é segura e tem capacidade de produzir resposta imune em 97% dos casos no prazo de até 28 dias após a aplicação.
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Inicialmente, o Butantan disse que a eficácia da vacina, em voluntários do Brasil, seria divulgada até o dia 15 de dezembro. No entanto, adiou para o dia 23, justificando que a Sinovac solicitou os números para fazer novas análises, com um prazo de 15 dias.
Na ocasião, segundo o diretor do Butantan, a Coronavac atingiu eficácia superior a 50%, o mínimo recomendado pela Organização Mundial da Saúde (OMS). Mas não revelou o percentual exato alcançado pelo produto.
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