A solicitação pode ser enviada até sábado - Marcello Casal Jr/Agência Brasil
A solicitação pode ser enviada até sábadoMarcello Casal Jr/Agência Brasil
Por O Dia
Apesar da grande pressão por novo adiamento do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem), o Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep) não dá sinais de que vai seguir o que pedem estudantes, membros da comunidade científica e personalidades nas redes sociais. O movimento pela mudança das datas se tornou, inclusive, uma ação da Defensoria Pública da União (DPU) na Justiça Federal. As provas estão marcadas para os próximos dois domingos (17 e 24), presencialmente, e nos dois seguintes para quem vai fazer o Enem digital.
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Em entrevista à "CNN", nesta terça-feira (12), o ministro da Educação, Milton Ribeiro, rechaçou a possibilidade de um novo adiamento do Enem 2020 e reforçou as medidas de biossegurança do Inep. De acordo com ele, "uma minoria barulhenta" pede o adiamento. 
"Se a gente perder o Enem, vai atrapalhar totalmente toda a programação de acesso dos estudantes às escolas federais e públicas. E as escolas privadas que usam o Enem como material de avaliação também serão prejudicadas", afirmou o ministro da Educação. 
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Um pedido com tutela de urgência ajuizado na última sexta-feira (8) pelo defensor público federal João Paulo Dorini declara que até o momento não há “clareza sobre as providências adotadas para evitar a contaminação dos participantes da prova, estudantes e funcionários que a aplicarão” em todo o Brasil. O adiamento é defendido por entidades como a Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência (SBPC) e a Associação Brasileira de Saúde Coletiva (Abrasco), além de organizações como a União Nacional dos Estudantes (UNE) e a União Brasileira dos Estudantes Secundaristas (Ubes).
O fato de a aplicação do exame acontecer em salas de aula, com alunos próximos e aglomerados é o que preocupa e motiva os pedidos pelo adiamento - as condições podem expor os alunos a um grande risco de infecção pelo novo coronavírus no momento em que a pandemia voltou aos altos níveis de casos e mortes no Brasil.
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Em nota divulgada em seu site, o ministério afirma que o Inep destinou R$ 64 milhões apenas para as medidas de prevenção contra a covid-19 na aplicação do Enem, como a aquisição de equipamentos de proteção individual, álcool em gel e mais locais para aplicação de provas.
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Nas redes sociais, a hashtag #AdiaEnem foi bastante repercutida nos últimos dias por estudantes e membros do setor da Educação preocupados com a realização do exame durante a pandemia da covid-19:
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O movimento contou também com personalidades e políticos questionando o Inep e reforçando o coro por um nova data para a prova:
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Com informações da Agência Brasil.