Campanha no Twitter pede adiamento do Enem  - Reprodução
Campanha no Twitter pede adiamento do Enem Reprodução
Por O Dia
Com o aumento constante do número de casos e óbitos, além da crise vivida pelos pacientes de Covid-19 em Manaus, estudantes foram às redes sociais pedir para que a o Enem 2020, que tem sua primeira prova marcada para o próximo domingo, fosse adiado. A repercussão foi tamanha que entre as dez principais tendências de assuntos no Twitter no Brasil, os termos “Adia Enem por Vidas”, “Estudantes pedem socorro” e “STF adia Enem”.
A grande maioria das publicações são de alunos receosos de ir ao local das provas e se expor ao vírus. Aproximadamente 40 mil tuítes com a hashtag #EstudantesPedemSocorro e 20 mil com a hashtag #AdiaEnemPorVidas já foram publicados até o momento.
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"18 anos, tenho doenças crônicas, sou da área de risco. Tenho família, tbm possuem os mesmos problemas. Há muitas em estados piores e dentro delas jovens que farão enem. Jovens são os + transmissíveis. Tá fzd a conta de vidas, STF?", publicou a @abeiazinha.
"Sem aulas, Sem leitos, Sem vacina, LockDown, 207.238 mortos, Segunda onda, Sem auxílio emergencial, Nova variante contamina 70% mais, Desigualdade no Brasil só aumenta, ADIA EXAME NACIONAL", postou a @biakkkjjkk
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A média móvel de casos bateu um novo recorde nesta quinta-feira e chegou a 56.453. Com o país voltando a registrar mais de mil mortes diárias e diversas cidades registrando UTI´s perto da lotação, a Defensoria Pública da União entrou com um pedido para o adiamento da Enem.
Por sua vez, o Inep, órgão responsável pelo aplicação da prova, entrou com recurso e a juíza Maria Claudio Cucio negou o adiamento afirmando que cada cidade deve decidir se há condições ou não de fazer a prova. O Inep alega ter dado garantias para uma aplicação segura do Enem, como o horário ampliado de entrada para evitar aglomerações, distanciamento em sala de aula e obrigatoriedade do uso da máscara.
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Situação no Amazonas
O governo do estado do Amazonas, que vive uma crise com falta de oxigênio para tratamento de pacientes com Covid-19, publicou um decreto para suspender a realização das provas em seu território. O governo federal entrou com recurso, por meio da Advocacia Geral da União (AGU), mas ainda não ocorreu nova decisão da Justiça. Cerca de 160 mil estudantes estão inscritos para fazer a prova no estado.