Fernando Haddad criticou decreto que facilita a posse de armas pelo Twitter - Evaristo Sa / AFP
Fernando Haddad criticou decreto que facilita a posse de armas pelo TwitterEvaristo Sa / AFP
Por O Dia
Fernando Haddad, candidato a presidente nas eleições de 2018 e ex-prefeito de São Paulo, deve ser novamente o nome do PT para disputar o cargo em 2022. Depois de um pedido do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, Haddad foi escolhido para concorrer diante das incertezas dos direitos políticos de Lula para a candidatura. Desta forma, a sigla já indicaria o ex-prefeito de SP para começar imediatamente a campanha para a corrida presidencial.  
Em entrevista ao portal Brasil 247, Haddad disse que Lula o chamou para uma conversa no sábado passado, dia 30, e que afirmava que não há mais tempo para esperar. "Ele me pediu para colocar o bloco na rua e eu aceitei", disse Haddad, que começará a viajar pelo Brasil em pré-campanha.
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"Como não sabemos o que vai ser de nós daqui a um, dois, três meses, e nós não temos mais tempo, o Lula pediu que eu não adiasse mais as minhas andanças pelo país defendendo o nosso legado e as nossas ideias para 2022", ainda pontuou Haddad.
A movimentação seria para não deixar o PT à mercê do julgamento do Supremo Tribunal Federal (STF) contra o ex-presidente. Mas, caso Lula possa concorrer as eleições no ano que vem, ele certamente seria o nome para disputar as eleições em 2022. 
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Para Haddad, Lula disse que sabe que o ex-prefeito de SP respeita a situação dele e o quanto ele tem lutado pela restituição dos direitos do ex-presidente. "Mas, apesar disso, nós não podemos ficar na dependência. Nós temos que sair para conversar com o povo, conversar com a nossa gente", disse Lula.
Por sua vez, Haddad esperar que o STF devolva os direitos políticos de Lula, anulando os atos do juiz Sergio Moro onde quer que Lula tenha sido parte. "Não sou capaz de prever o que será feito, mas o que deve ser feito é isso. E isso sendo feito, o Lula é candidato. Se isso não for feito ou for feito parcialmente, a nossa luta vai permanecer. Obviamente que o presidente Lula, assim que recuperar os seus direitos políticos, abre-se uma discussão que pretenderá, na minha opinião, reconduzi-lo à presidência da República. Isso, para mim, é líquido e certo. Nós vamos trabalhar por isso", afirmou. 
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Por fim, Haddad afirma que deve ser estabelecida uma unidade da oposição para derrotar o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) no ano que vem. "A gente tem que construir a unidade do segundo para o primeiro turno. O bolsonarismo exige um compromisso de toda a oposição em derrotar esse projeto", disse. Para ele, o que não pode ocorrer é a oposição se alinhar a atual presidente no segundo turno. Assim, ele defende que haja um diálogo prévio entre os partidos de esquerda e centro-esquerda, definindo como "as forças da democracia" para "preservar as instituições do país". 

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