Segundo levantamento realizado pela consultoria de dados Bites, a pedido do Estadão/Broadcast e com base nas interações do Twitter e outras redes, o total de tuítes e interações sobre a prisão de Silveira entre o momento da prisão e o início da noite de quarta-feira foi maior do que as menções ao presidente Bolsonaro e à pandemia da Covid-19.
Além disso, o levantamento mostrou que muitas das publicações de apoio ao parlamentar vinham acompanhadas de críticas ao Supremo Tribunal Federal (STF) e ao ministro Alexandre de Moraes, responsável por expedir o mandado de prisão contra Silveira. Com isso, tags como #STFVergonhaMundial, #STFVergonhaNacional, #impeachmentdeAlexandredeMoraes e #SomosTodosDanielSilveira tiveram milhares de menções.
Entre os nomes que se posicionaram a favor do deputado, além dos colegas de PSL, destacam-se o deputado Marco Feliciano (Republicanos-SP), que definiu o episódio como um "ato gravíssimo" e ressaltou que o STF "não é dono do Brasil", e o pastor Silas Malafaia, que disse que “xingar e caluniar Bolsonaro pode, falar mal de ministro do STF dá cadeia” e chamou o ministro Moraes de "ditador-mor".
Por outro lado, quem preferiu de abster de análises foi o próprio Bolsonaro. Sem manifestações nas redes sociais, o nome do presidente só esteve envolvido no episódio quando surgiram informações de que o presidente da Câmara, Arthur Lira, teria entrado em contato para saber sua opinião. Em resposta, ouviu apenas que ele desconhecia o vídeo publicado por Daniel Silveira.