O desembargador William Douglas - arquivo pessoal
O desembargador William Douglasarquivo pessoal
Por MARCO ANTÔNIO CANOSA
"Pacificação social através do diálogo, do respeito ao diferente e do estabelecimento de uma pauta comum acima das divergências políticas, ideológicas, religiosas". Essa é umas das missões que o recém-nomeado desembargador do Tribunal Regional Federal da 2ª Região (TRF-2), William Douglas, escolheu para sua vida.
A nomeação pelo presidente da república Jair Bolsonaro (sem partido) do ex-titular da 4ª Vara Federal de Niterói foi publicada no Diário Oficial da União do dia 17 último e veio para esquentar a corrida à vaga que será aberta no Supremo Tribunal Federal (STF) com a aposentadoria do ministro Marco Aurélio Mello, em julho próximo.
Pastor da igreja batista Getsêmani, William Douglas é apontado como o mais preparado para a vaga por juristas, líderes e entidades de todas as correntes religiosas, e da sociedade civil. Pesam a favor a competência em gestão pública, a sapiência jurídica e o fato de transitar com desenvoltura nas mais diversas correntes religiosas e políticas. Além, é claro de ter a característica que Bolsonaro elegeu como vital para a indicação: "ser terrivelmente evangélico". Embora William Douglas esteja mais para "amavelmente evangélico", pela forma como conduz sua vida e carreira.

A nomeação de Douglas a desembargador foi recebida com alegria pelos mais eminentes líderes religiosos do país e autoridades. A ministra da Mulher, da Família e dos Direitos Humanos, Damares Alves, publicou em seu perfil no Instagram um cartão virtual parabenizando o desembargador, com um versículo bíblico e ilustrado com uma foto dos dois.

Também enviaram felicitações o arcebispo do Rio de Janeiro, Dom Orani Tempesta; Marcelo Knopfelmacher, coordenador executivo do Movimento Judaico Apartidário (MJA); Girrard Mahmoud Sammour, presidente da Associação Nacional de Juristas Islâmicos (Anaji); Hédio Silva Jr., coordenador do Instituto de Defesa dos Direitos das Religiões Afro-Brasileiras (Idafro); e José Mentor, presidente da Associação Jurídico Espírita do Rio de Janeiro.

Autor consagrado, os livros, aliás, são um capítulo riquíssimo no currículo do desembargador, que tem mais de 50 obras com temas diversos que vão de Direito a Empreendedorismo, passando pela Filosofia, Educação, Gestão Pública e Religião. Seus livros já venderam mais de 1,2 milhão de cópias e foram lançados em toda a América Latina e em países como EUA, Portugal, Nigéria e Letônia. A obra “As 25 leis bíblicas do sucesso” será lançada este ano também na Polônia.
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Conferencista dos mais requisitados, já falou para mais de 2,5 milhões de pessoas, tem cerca de 800 mil seguidores nas redes sociais e mais de 10 milhões de visualização no Youtube. A nova Metodologia de Gestão Pública, criada por ele, foi premiada, objeto de estudo de tese de doutorado e integra a lista de Melhores Práticas de Gestão do Conselho Nacional de Justiça (CNJ). Também foi dele a sugestão que levou à criação dos Juizados Especiais Federais.

Com 53 anos, o carioca William Douglas Resinente dos Santos é formado em Direito pela Universidade Federal Fluminense (UFF), mestre em Direito e professor efetivo concursado na UFF. Sobre si, o desembargador conta que mantém o foco em cinco grandes linhas:

1. Fazer Justiça

2. Ensinar a ter Sucesso

3. Inclusão social e racial

4. Liberdade religiosa e defesa do estado laico

5. Pacificação social e pauta comum.