Diferentemente do presidente Jair Bolsonaro, Mourão critica as aglomerações e atribui a elas a escalada de casos. Mourão afirmou que o alto número de óbitos é "fruto de uma sequência de eventos", entre eles o início das férias de verão, as festas de fim de ano e o carnaval. "Muita festa ocorrendo aí nas cidades, lamentavelmente, a gente tem essa notícia. E eu acredito que pelos próximos 10 dias vamos viver um pico e depois vai arrefecer esse troço", afirmou.
O vice disse que o porcentual de imunizados no Brasil ainda é pequeno, mas destacou que a perspectiva é avançar com a vacinação. "Dados de ontem era que 3,5% da população mundial tinha sido vacinada até o momento. Nós estamos com 3,7%, então estamos dentro da média do mundo. É óbvio que para um País - com estas dimensões, população e território - é pouco, mas a perspectiva para frente é que vamos ter continuidade na chegada de insumos e fabricação, e posteriormente, com a tecnologia aqui nós vamos entrar no modo contínuo de vacinação", declarou.
Nesta semana, após o governo de São Paulo ter anunciado a intenção de comprar 40 milhões de doses de vacinas da farmacêutica Pfizer e da russa Gamaleya, o Ministério da Saúde disse que também está negociando a compra de novos imunizantes. A pasta comandada pelo general Eduardo Pazuello informou ontem que acertou a compra de 99 milhões de doses da vacina da Pfizer e também negocia a aquisição do imunizante da Janssen. A decisão ocorre após meses rejeitando propostas dos dois laboratórios.