Média de enterros e cremações nos cemitérios de São Paulo na última semana (221 por dia) cresceu 11%Daniel Castelo Branco
Na capital paulista, representantes do setor não veem explosão de enterros, mas dizem que há redes em outras cidades "perto do colapso". A demanda maior de sepultamentos e a falta de matéria-prima para caixões, como aço e MDF, preocupam. A Associação dos Fabricantes de Urnas do Brasil vê risco de desabastecimento nacional de caixões.
Óbitos no Rio caem
O estado do Rio de Janeiro registrou queda no número de óbitos por covid-19 no começo deste ano. Segundo os dados do Portal da Transparência, em janeiro foram 3926 óbitos por suspeita ou confirmação de covid-19 e em fevereiro, 1.888.
O município do Rio também apresentou queda, registrando 1571 óbitos em janeiro e 653, em fevereiro. Contudo, a procura por atendimento nas unidades de urgência e emergência da cidade de pessoas com sintomas de covid-19, que vinha em queda, começou a registrar aumento nos últimos dias.
Segundo o prefeito Eduardo Paes, esse foi o principal motivo para a aplicação das novas medidas restritivas, que começam a valer às 17h desta sexta-feira e seguem até 23h59 do dia 11. No gráfico divulgado pela prefeitura, a média móvel de busca por atendimentos começou a subir a partir do último dia 15, e se mantém estável em um nível mais elevado do que estava sendo verificado desde janeiro. A média atual está em cerca de 300 atendimentos por dia.
A Associação de Funerárias do Brasil também ressaltou que houve aumento na demanda por atendimento funerário, mas não é proporcional ao aumento de casos da covid-19.
"O número absoluto é menor, em razão de óbitos decorrentes de outros fatores diminuírem quando os de covid-19 aumentam", afirmaram em nota.
A associação informou que neste momento, os aumentos nos atendimentos pode ser suportado tanto pelas empresas funerárias quanto pelos cemitérios.
Os comentários não representam a opinião do jornal e são de responsabilidade do autor.