Ex- ministro das Relações Exteriores, Ernesto AraújoValter Campanato/Agência Brasil

Por iG
Brasília - O ministro das relações exteriores, Ernesto Araújo declarou nesta sexta-feira (5) que considera “normal” o aumento de casos e de óbitos em decorrência do novo coronavírus (Sars-Cov-2). Nas últimas 24 horas, o país registrou 1.800 mortes em decorrência da Covid-19.
A fala foi feita durante o evento “Relações Brasil-EUA: Uma conversa com Ernesto Araújo”, que reuniu empresários americanos e teve a presença do embaixador brasileiro em Washington, Nestor Forster.
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“Sobre os números de casos e mortes, é muito trágico, mas aparentemente é normal após o início de uma vacinação em massa os casos subirem nos países e então abruptamente caírem".
Todavia, não há dados suficientes e fortes para comprovar a tese do Chanceler. Até o momento, o único país do mundo que se pode observar tal feito foi Israel , que imunizou boa parte da população.
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A respeito do colapso observado no sistema de saúde ao redor do país, com diversas capitais anunciando que estão com UTIs lotadas ou muito próximas disso, e até mesmo caso de hospitais particulares alugando contêiner para acomodar corpos , Ernesto acredita que ele está “conseguindo suportar bem” o momento: "O sistema de saúde está, claro, sob estresse, mas está conseguindo suportar bem. Tem falta de UTI em alguns estados, mas, no geral, o sistema está suportando bem", afirma o ministro.
Indo de encontro com a fala do presidente Jair Bolsonaro (sem partido), contra medidas de isolamento social para combater o avanço do vírus, ainda que recomendado por especialistas, Ernesto Araújo se mostrou contra um lockdown nacional: "As pessoas querem tomar vacinas, mas também querem trabalhar. Há uma forte pressão popular para não ter lockdown ou acabar com os lockdowns que já foram impostos por alguns estados".