ARQUIVO - Dominguinhos da Estácio, no período de 1988
ARQUIVO - Dominguinhos da Estácio, no período de 1988 Arquivo O Dia
Por O Dia
Rio - Dominguinhos do Estácio sempre foi uma voz marcante do samba carioca. O artista faleceu neste domingo, dia 30, após ser internado em razão de uma hemorragia cerebral no último dia 11. Compositor e intérprete de samba-enredo, ele deixou 73 músicas de sua autoria e 229 gravações cadastradas no banco de dados do Ecad (Escritório Central de Arrecadação e Distribuição). Um levantamento em seus arquivos musicais mostrou que a música interpretada por Dominguinhos mais executada nos últimos cinco anos foi “Boêmio de verdade”, de autoria de Djalma Falcão e Bicudo.


Nesse ranking, também se destacaram entre as cinco primeiras colocadas: “Liberdade, liberdade abra as asas sobre nós”, “Aquarela brasileira”, “Salve Jorge, o guerreiro na fé” e “Uma vez Flamengo”.

Domingos da Costa Ferreira ganhou o apelido Dominguinhos do Estácio por uma referência ao bairro onde nasceu no Rio de Janeiro, no dia 4 de agosto de 1941. Sua trajetória no carnaval teve início nos anos 60, na escola Unidos de São Carlos, que, em 1983, passou a se chamar Estácio de Sá. Conquistou títulos com as escolas de samba Imperatriz Leopoldinense, em 1989, e Viradouro, em 1997. Também teve passagens pela Acadêmicos do Grande Rio, Estácio de Sá e Inocentes de Belford Roxo, além de gravar o samba da Acadêmicos de Santa Cruz.

Após sua morte, os herdeiros de Dominguinhos do Estácio continuarão a receber os direitos autorais pela execução pública de suas músicas. O pagamento é assegurado por 70 anos após a morte do autor (ou do último autor, em caso de parcerias), conforme determina a lei do direito autoral (9.610/98) no Brasil.