Ministro da Saúde, Marcelo Queiroga
Ministro da Saúde, Marcelo Queiroga Fábio Rodrigues Pozzebom/Agência Brasil
Por ESTADÃO CONTEÚDO
Rio - O ministro indicado da Saúde, Marcelo Queiroga, admitiu nesta terça-feira, 16, que a eficácia da cloroquina, azitromicina e ivermectina contra a covid-19 não foi comprovada e que, como titular da pasta, avançará "em cima do que funciona" Queiroga afirmou que a recomendação do presidente Jair Bolsonaro (Sem partido) é uma conduta baseada na ciência e negou que o uso desses remédios seja uma "política do Estado brasileiro". O ministro indicado falou ao Jornal da Record, da RecordTV.
Queiroga afirmou, no entanto, que os médicos têm autonomia para prescrição em algumas situações. Ele disse ainda que, "em vez de ficar perdendo tempo com essa discussão", avançará no uso da máscara, distanciamento social quando couber e fortalecimento da assistência dos hospitais.
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O médico declarou também que Bolsonaro não falou a ele que é contrário à política de isolamento social. De acordo com o ministro indicado da Saúde, o presidente é contra o fechamento de todo o País sem uma justificativa técnica. "Evidentemente, não se pode fazer isso (fechar o País), e isso não é praticado em nenhum lugar do mundo", explicou.
Queiroga prosseguiu ao afirmar que o que se chama lockdown representa o insucesso de todas as políticas que fazem as autoridades sanitárias realizarem, eventualmente, um fechamento maior da atividade econômica.

"Nós vamos trabalhar é essa determinação do presidente para que não corra lockdown, não como um ato de vontade, mas por um ato de uma gestão eficiente", acentuou.

Ele adiantou que articulará as políticas de saúde com os secretários estaduais e municipais. "Eu e o ministro Pazuello estamos aqui utilizando máscara. Essa é uma prova clara para que a sociedade se espelhe em nós, que somos autoridades sanitárias, e ajude a conter a propagação do vírus", afirmou.