O vídeo mostra a taxa de ocupação de leitos de UTI Covid-19 para adultos nos estados do Brasil, dividindo-a em três níveis de alerta: baixo, médio e crítico
O vídeo mostra a taxa de ocupação de leitos de UTI Covid-19 para adultos nos estados do Brasil, dividindo-a em três níveis de alerta: baixo, médio e críticoDivulgação
Por O Dia
O Brasil registrou 2.842 mortes pela Covid-19 somente nas últimas 24 horas, segundo dados do Conselho Nacional de Secretários de Saúde (Conass). Para pesquisadores da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), este é o maior colapso sanitário e hospitalar da história do Brasil: das 27 unidades federativas, 24 estados e o Distrito Federal estão com taxas de ocupação de leitos de UTI Covid-19 para adultos no Sistema Único de Saúde (SUS) iguais ou superiores a 80%, sendo 15 com taxas iguais ou superiores a 90%. Nesta quarta-feira, a Fiocruz publicou um vídeo em suas redes sociais para ilustrar o avanço da pandemia sobre o país.
O conteúdo mostra justamente a taxa de ocupação de leitos de UTI Covid-19 para adultos nos estados do Brasil, dividindo-a em três níveis de alerta: baixo, médio e crítico. A fonte dos dados é o Observatório Covid-19 Fiocruz, que tem monitorado a pandemia no Brasil. Para isso, a animação recupera dados desde o dia 17 de julho de 2020, quando somente três estados e o Distrito Federal registravam nível alto.
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As cores se modificam no mapa do Brasil conforme se passam os dias e é possível identificar o momento, em meados de outubro, em que a pandemia esteve mais branda no país e as restrições também ficaram mais frouxas. O dia 5 de outubro de 2020, no vídeo, é o primeiro em que nenhuma das 27 unidades federativas apresentam alerta em nível crítico, mas se dividem entre o médio e o baixo. Esta situação se extende até 26 de outubro daquele ano.
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A partir de 9 de novembro, segundo a animação, a cor vermelha volta a aparecer no mapa e ganhar território gradualmente - um retrato do que passou a ser chamado de segunda onda da pandemia. Passados os dias, esse avanço do alerta de nível crítico puxa também o amarelo do nível médio e mostra a piora nos sistemas hospitalares dos estados com o avanço do coronavírus e sua nova cepa, inicialmente identificada no Amazonas.
O dia 22 de fevereiro, no mapa, é o primeiro dia em que todos os estados apresentam alertas de nível médio ou crítico, sem nenhum com taxa de ocupação de leitos de UTI Covid-19 para adultos em nível baixo. A animação termina com os dados do último dia 15 de março, segunda-feira, que denotam o que a Fiocruz definiu como o maior colapso sanitário e hospitalar da história do Brasil: de todas as 27 unidades federativas, somente duas - Rio de Janeiro e Roraima - apresentam nível médio nessa taxa de ocupação. Todos os outros 25 registraram taxas em nível crítico.
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O Boletim Extraordinário do Observatório Covid-19 Fiocruz, divulgado nesta terça-feira (16), mostrou que das 27 unidades federativas, 24 estados e o Distrito Federal estão com taxas de ocupação de leitos de UTI Covid-19 para adultos no Sistema Único de Saúde (SUS) iguais ou superiores a 80%, sendo 15 com taxas iguais ou superiores a 90%. Em relação às capitais, 25 das 27 estão essas taxas iguais ou superiores a 80%, sendo 19 delas superiores a 90%. Os dados são das secretarias estaduais de Saúde e do Distrito Federal, e secretarias de Saúde das capitais.