Polícia investiga vídeos de homem fantasiado que estimula crianças a realizarem 'adoração satânica'
Segundo investigadores da Delegacia de Repressão a Crimes Cibernéticos (DRCC), o conteúdo compartilhado beira a prática de crime
A Polícia Civil do Distrito Federal (PCDF) tem monitorado vídeos perturbadores direcionados ao público infantil. Em um deles, um homem utiliza filtros que trazem traços da personagem Elsa, do filme de animação “Frozen”, para incentivar crianças a realizarem 'atos de adoração satânica'. Com um vestido azul e brilhoso, como no desenho animado, ele posta seus vídeos na plataforma TikTok e costuma começar com o bordão “Oi, crianças”, antes direcionar o público para suas práticas. A reportagem é do portal “Metrópoles”.
Segundo investigadores da Delegacia de Repressão a Crimes Cibernéticos (DRCC), o conteúdo compartilhado beira a prática de crime. Para se comunicar, o homem também usa linguagem infantil e voz infantilizada, como no filme de animação. Como acontece nos vídeos do TikTok, sua mensagem costuma ser passada em alguns segundos.
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Em um dos vídeos mais polêmicos, o homem começa: “Oi, crianças! Sou eu a Elsa e hoje vou ensinar a vocês a fazerem uma arte muito bonita na casa de vocês. Vamos aprender?”, diz, chamando a atenção de quem assiste. Depois disso, orienta as crianças a pegarem canetinha e molho de tomate para desenhar pentagramas nas paredes de sua casa. “Se alguém perguntar por que vocês fizeram isso, vão responder: ‘pela glória de Satã, é claro!”, reitera, durante a gravação.
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Em outro dos vídeos, o homem vestido de Elsa volta a convocar as crianças para um “ritual”. Ele as orienta a separar uma vela e um lençol, para que se enrolem e caminhem pela casa com o objeto aceso dizendo “A alma dessa criança agora pertence a mim”, com voz rouca e grossa.
O delegado-chefe da DRCC, Giancarlos Zuliane, afirmou que a delegacia já teve conhecimento dos vídeos nas redes sociais e troca informações com a Polícia Civil de São Paulo. De acordo com ele, existem apurações em andamento e a disseminação do conteúdo está sendo acompanhada. Segundo o portal Metrópoles, o autor do conteúdo registrou ocorrências policiais em São Paulo após sofrer ameaças de morte pela disseminação dos vídeos.