Após 52 anos de casados, idosos morrem em 24h vítimas da Covid
Logo após o sepultamento da idosa, família descobriu a morte de seu marido; No Amapá, Gêmeas morrem em intervalo de 7 dias por conta da covid-19
A cidade de Criciúma, em Santa Catarina, vivenciou mais um triste caso protagonizado por vítimas da covid-19. Casados há 52 anos, Noemi Terezinha Patrício e Manoel Valdemir Patrício faleceram com 24 horas de diferença. A senhora de 71 anos morreu na última segunda-feira (5) às 13h45, enquanto o idoso de 75 faleceu na terça-feira (6) às 14h.
O casal havia completado, no início de abril, 52 anos juntos e foram enterrados lado a lado no Cemitério Municipal de Criciúma. De cordo com o filho do casal, Everton de Souza Patrício, de 35 anos, o pai não ficou sabendo da partida de sua esposa.
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"Nenhum dos dois ficou sabendo que o outro morreu, nenhum deles sofreu com essa notícia. Seria muito difícil enterrar um e daqui a dez dias, enterrar outro. Deus levou os dois juntos para um não sofrer sem o outro", diz o filho.
O casal estava há mais de 15 dias internados por conta do novo coronavírus, mas exames laboratoriais comprovaram que os dois já não estavam mais com a doença, porém os idosos não resistiram às sequelas da doença.
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Noemi e Manoel deixam seis filhos, 11 netos e cinco bisnetos. O drama da família segue, pois uma filha do casal, de 49 anos, e um genro, estão internados em estado grave na Unidade de Terapia Intensiva (UTI) também por causa da Covid.
Everton afirma que o casal não chegou a ser vacinado contra a Covid-19. O primeiro a sentir os sintomas foi o pai, com dor de cabeça e febre. Logo depois, a filha de 49 anos adoeceu. Assim que os dois passaram a ter os sintomas, Everton afirmou que fez o possível para tirar a sua mãe de casa, mas ela se recusou e deixar o marido sozinho com covid.
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Manoel e a irmã de Everton foram internados no dia 15 de março e Noemi no dia 18. Ele permaneceu no quarto recebendo cuidados, mas precisou ser intubado e encaminhado para a UTI, já a mãe de Everton não conseguiu ser intubada, pois sofria com problemas no coração, pressão alta e diabetes. Caso Noemi fosse intubada, ela não resistiria ao processo.
Mesmo com a dor, o filho alerta outras famílias sobre o perigo da doença.
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"Se eu pudesse voltar no tempo, eu ficaria mais presente do que já estava na vida deles. Quando tudo isso passar, abracem seus pais, abracem seus amigos e filhos. A dor é muito grande que estamos sentido, cuidem dos seus", concluiu Everton.
Gêmeas morrem de Covid-19 em intervalo de uma semana no Amapá
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A covid-19 também fez mais duas vítimas na cidade de Macapá, no Amapá. Com mais uma trágica história, as irmãs gêmeas Patrícia e Alessandra Pimentel, 42 anos de idade, perderam suas vidas. Patrícia faleceu na manhã deste sábado (10), exatamente uma semana depois de sua irmã Alessandra, que morreu no dia 3 de março. As duas estavam internadas e não resistiram às complicações.
Ambas eram atletas e lembradas no cenário do vôlei em Macapá. Juntas elas conquistaram diversos títulos no estado e integraram a seleção do Amapá da modalidade.
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Alessandra era casada e deixa dois filhos.
Mãe das gêmeas também foi vítima da doença
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No último dia 22 de março, o drama da família começou com a morte da mãe delas, Áurea Pimentel, também por conta da covid-19.
Mãe e filhas passaram os últimos dias no Centro Covid do Hospital Universitário, referência no atendimento à doença no estado.
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