Cenas do vídeo no momento que João Alberto, negro, é espancado e assassinado por asfixia por seguranças (brancos) do Carrefour em Porto Alegre
Cenas do vídeo no momento que João Alberto, negro, é espancado e assassinado por asfixia por seguranças (brancos) do Carrefour em Porto AlegreCaptura de vídeo
Por iG - Economia
Rio - O Carrefour informou, em nota, na noite desta quarta-feira, que depositou R$ 1,1  milhão "deliberadamente" na conta da viúva de João Alberto (Beto). Ele foi morto após ser agredido por seguranças em uma loja da rede, no ano passado, em Porto Alegre. 
Milena Borges já havia recusado a quantia, e, para a defesa dela, o depósito é uma tentativa de "pressionar". Ao UOL, a rede de hipermercados disse que a quantia foi uma "boa ação". As negociações foram encerradas em 24 de março, quando ela recusou pedia R$ 5 milhões. 
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Um dos motivos da recusa, é o fato de a mesma quantia ter sido oferecida após a morte do cão Manchinha, também morto por um segurança no ano passado. A quantia foi doada para órgãos ligados à causa animal. 
"Se houve o depósito, é um absurdo. O Carrefour acha que pode fazer o que quer com a vida dos outros? Querem empurrar goela abaixo. É mais uma bizarrice do Carrefour. Não tem acordo (extrajudicial) com eles. É uma cartada extremamente arriscada. Se depositaram esse valor, vamos devolver", contou ao Uol o advogado Hamilton Ribeiro, que também defende a viúva.
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Até agora, o Carrefour finalizou oito acordos com os quatro filhos de João Alberto, o pai, a irmã, a enteada e a neta dele.