Deputado federal Eduardo Bolsonaro (PSL-SP)
Deputado federal Eduardo Bolsonaro (PSL-SP) Cleia Viana/Câmara dos Deputados
Por IG - Último Segundo

Eduardo Bolsonaro (PSL-SP), filho do presidente Jair Bolsonaro e deputado federal por São Paulo, teria ameaçado de morte o companheiro de partido e cargo, Junior Bozzela. Segundo reportagem do Congresso Em Foco, os deputados do PSL teriam se encontrado no aeroporto de Congonhas, em São Paulo, e se desentendido no desembarque de um voo para Brasília com os dois.
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Segundo Bozzela, hoje vice-presidente nacional do PSL, partido de Eduardo Bolsonaro e pelo qual o presidente Jair Bolsonaro foi eleito, o filho do presidente o ameaçou de morte. Eduardo Bolsonaro, no entanto, diz que foi apenas um "encontro casual" que deu errado, terminando em um boletim de ocorrência.
Embora sejam companheiros de PSL, Eduardo Bolsonaro e Junior Bozzela hoje são adversários políticos. O partido se dividiu após atritos internos e a ala mais crítica ao presidente Jair Bolsonaro, com integrantes como Joice Hasselmann, o presidente da legenda, Luciano Bivar, e o próprio Bozzela ganharam espaço. A ala mais próxima do bolsonarismo, que tem, por exemplo, Carla Zambelli e Bibo Nunes (PSL-RS), hoje tem menos protagonismo do que em 2018, quando apoiar Bolsonaro era sinônimo de sucesso eleitoral.
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Em uma entrevista ao site 'O Antagonista', Bozzela disse que foi surpreendido no desembarque do voo de São Paulo para Brasília por ameaças de morte. "Pessoas que presenciaram o momento afirmaram que ele disse que me mataria se tivesse uma faca", conta o representante do PSL eleito com votos principalmente na baixada santista.

Choque de versões

Eduardo Bolsonaro, por sua vez, nega. Segundo o filho "03" do presidente da República, é estranho que seu companheiro de legenda o acuse de uma coisa tão séria e não tenha provas ou testemunhas. Eduardo registrou boletim de ocorrência sobre sua versão dos fatos e publicou o B.O em rede social.
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— Eduardo Bolsonaro (@BolsonaroSP) April 30, 2021
Ao Congresso em Foco, Bozzela disse que "Não é porque o deputado Eduardo Bolsonaro foi eleito com dois milhões de votos que ele está acima da lei, que ele fique dando senha para que a sociedade se revolte contra A,B,C,D ou F, para que este possa ser agredido no meio da rua. Eu tenho família, tenho esposa, pai, mãe e irmãs, então precisamos dar um basta neste terrorismo imposto pelos bolsonaristas".
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O vice-presidente nacional do PSL também reclamou do presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira, que teria tirado sua escolta. "Está tudo documentado. Ele retirou minha escola por quê? Só porque eu apoiei o Balei Rossi?", questionou.
Para Bozzela, os ataques que tem sofrido e ameaça de Eduardo Bolsonaro são resposta a sua posição contrária ao chamado "gabinete do ódio", ala mais radical do bolsonarismo.
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