Brazilian President Jair Bolsonaro gestures during the announcement that the public healthcare system will cover expanded heel prick tests at Planalto Palace, in Brasilia, on May 26, 2021. (Photo by EVARISTO SA / AFP)
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Brazilian President Jair Bolsonaro gestures during the announcement that the public healthcare system will cover expanded heel prick tests at Planalto Palace, in Brasilia, on May 26, 2021. (Photo by EVARISTO SA / AFP) CaptionAFP
Por iG
Rio - A Federação das Organizações Indígenas do Rio Negro (FOIRN) criticou visita feita pelo presidente Jair Bolsonaro a indígenas em São Gabriel da Cachoeira (AM), dizendo que ele humilha o povo brasileiro e fez o mesmo na visita, ignorando o combate à covid-19, o garimpo ilegal e o narcotráfico. Segundo a FOIRN, o presidente ainda inventou uma etnia ao se referir ao "Povo Balaio", que "não existe no Brasil e em nenhum lugar do mundo".
Segundo a entidade, Bolsonaro não se reuniu com as instituições que ajudam a combater a covid-19 entre os indígenas da região do Amazonas e sequer fez menção a temas realmente preocupantes.
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O presidente não usava máscara de proteção contra o novo coronavírus quando se encontrou, teve contato próximo e cumprimentou indígenas durante evento.
"Bolsonaro mais uma vez ignora os problemas e humilha o povo brasileiro. O presidente não encontrou com as instituições que mais ajudaram a combater a pandemia de covid-19 aqui na região e sequer fez menção ao combate ao garimpo ilegal, narcotráfico e outros assuntos graves que assolam as terras indígenas aqui na região da tríplice fronteira com a Venezuela e Colômbia", disse o presidente da FOIRN, Marivelton Barroso, do povo Baré.
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"O desprezo por nosso povo indígena é tanto que o presidente sequer se deu o trabalho de conhecer nossa diversidade, criando ao seu bel-prazer uma nova etnia, a do povo Balaio, que não existe no Brasil e em nenhum lugar do mundo", completou a entidade.