Por iG - Economia
Rio - Os netos de Samuel Klein, patriarca da família conhecida por promover ações de filantropia, decidiram interromper as atividades do instituto que leva o nome do homem, falecido em 2014. O fechamento das ações se dá por causa de denúncias de abusos sexuais cometidos pelo empresário, que é o fundador das Casas Bahia, Ponto Frio (atualmente, "Ponto").
O filho do fundador das Casas Bahia, Saul Klein, de 67 anos, é acusado de estupro por 32 mulheres e admitiu em vídeo que pagou R$ 800 mil pelo silêncio de vítimas. Um esquema de aliciamento e exploração sexual de menores também já foi protagonizado por Samuel Klein, pai de Saul.
O Instituto Samuel Klein (ISK) financia atividades de primeira infância e promove o fortalecimento da comunidade judaica. Seus mantenedores são os netos Natalie e Raphael Klein, filhos do primogênito de Samuel, o empresário Michael Klein.
Em nota, o instituto disse que o fechamento "é parte de um processo de profunda reflexão e consequente transformação e ressignificação para os nossos futuros objetivos". E acrescentou que os aportes para a continuidade das atividades de parceiros serão mantidos.
Projetos como o Família Acolhedora, do Instituto Fazendo História, é um dos que são apoiados pelo ISK. O projeto acolhe bebês e crianças de até 3 anos em famílias, a fim de que sejam adotados.
A entidade também destina recursos para projetos de educação, como Lubavitch-Gani, que ficam no Bom Retiro, além do Centro de Educação Infantil Bety Laffer. As instituições de ensino atendem a crianças, adolescentes e idosos em situação de vulnerabilidade social. O ISK oferece bolsa de estudos na Faculdade Israelita de Ciências da Saúde Albert Einstein.