Itamaraty diz que não foi a fonte da declaração de Bolsonaro sobre possível 'guerra química'
O presidente Jair Bolsonaro havia afirmado, no dia 5 deste mês, que 'ninguém sabe' a origem do vírus e levantou a hipótese de uma 'guerra química' envolvendo a covid
Por iG
O ministério das Relações Exteriores, através do comandante da pasta, Carlos França, respondeu a uma solicitação da CPI da Covid e afirmou que não foi a fonte de informação utilizada pelo presidente Jair Bolsonaro (sem partido) para sugerir que a pandemia de covid-19 poderia se tratar de uma "guerra química, bacteriológica e radiológica".
A fala ocorreu no último dia 05 de maio, em discurso no Palácio do Planalto. No púlpito, Bolsonaro disse que "ninguém sabe" a origem do novo coronavírus e levantou a hipótese de uma "guerra química" ao fazer uma referência indireta à China - principal parceiro econômico do Brasil e fornecedor de insumos farmacêuicos para a realização de vacinas.
"É um vírus novo, ninguém sabe se nasceu em laboratório ou nasceu por algum ser humano ingerir um animal inadequado. Mas está aí. Os militares sabem o que é guerra química, bacteriológica e radiológica. Será que não estamos enfrentando uma nova guerra? Qual o país que mais cresceu seu PIB? Não vou dizer para vocês", falou o presidente. O país que registrou o maior crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) no ano passado foi a China.
O Ministério das Relações Exteriores, então, encaminhou o seguinte ofício à comissão parlamentar de inquérito.
"Este ministério não produziu ou forneceu informação 'sobre a possibilidade de estar em curso uma guerra não declarada, promovida por nação estrangeira, por meio de guerra química, bacteriológica e radiológica'."
Ainda não houve resposta por parte da Abin disponibilizada pelo Senado Federal.