O superintendente estadual do Ministério da Saúde no Rio, George Divério.
O superintendente estadual do Ministério da Saúde no Rio, George Divério.Reprodução da internet
Por ESTADÃO CONTEÚDO
O governo federal exonerou George da Silva Divério do cargo de Superintendente Estadual do Ministério da Saúde no Rio de Janeiro. Coronel, Divério foi nomeado em junho de 2020 pelo então ministro da Saúde, general Eduardo Pazuello. Por se tratar de cargo DAS 5, a exoneração de Divério foi assinada pela Casa Civil da Presidência e está publicada no Diário Oficial da União (DOU) desta quarta-feira, 26.

Em novembro do ano passado, Divério assinou contratos de R$ 29 milhões com duas empresas, sem licitação, para fazer reformas em prédios da pasta no Estado, em plena pandemia. As obras foram consideradas urgentes, por isso a licitação foi dispensada. Depois de assinados, os contratos foram anulados pela Advocacia-Geral da União (AGU), que não constatou razão para a dispensa de licitação.
Recentemente, o vice-presidente da Comissão Parlamentar de Inquérito da Covid do Senado, Randolfe Rodrigues (Rede-AP), afirmou que existe a possibilidade de a comissão pedir a quebra de sigilo bancário de empresas e citou como exemplo o caso das companhias que iriam reformar imóveis do Ministério da Saúde no Rio a pedido de Divério.

De acordo com Rodrigues, esses fatos "não esclarecidos" precisarão ser abordados pelo colegiado. O senador também criticou o valor dos contratos. Segundo ele, o valor representaria 750 mil doses de vacina contra covid-19.
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O ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, comentou nesta quinta-feira a exoneração de Divério. Queiroga afirmou que não lhe competia fazer nenhum "juízo de valor" sobre a culpabilidade do superintendente, mas que o ministério tomou "a decisão que devia tomar".

Queiroga, que participa de audiência pública em comissões da Câmara, afirmou que o próximo passo será nomear uma outra pessoa "que tenha a capacidade de gerir a Superintendência do Rio de Janeiro".